Janeiro Branco alerta para o cuidado com a saúde mental
Especialista do Hospital Municipal Evandro Freire fala sobre a importância da conscientização sobre doenças como a depressão
O ano de 2019 começou com um alerta importante, porém pouco explorado: o cuidado com a saúde mental. Trata-se do tema principal da campanha Janeiro Branco, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o assunto e ainda desconstruir os tabus sobre doenças, como a depressão.
Para o Dr. Sion Divan, responsável pela enfermaria de saúde mental do Hospital Municipal Evandro Freire, localizado na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, a questão ainda é tratada como estigma pela sociedade devido à falta de informação. “O Janeiro Branco surgiu exatamente para suprir essa necessidade. Ele convida a todos para uma reflexão sobre problemas como a depressão”, explica o especialista.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente o Brasil é considerado o primeiro país da América Latina em número de casos da doença - com 5,8% da população com depressão. Esse número tem aumentado exponencialmente, mas por que será que isso acontece? Para ele, jornadas exaustivas de trabalho, estresse, medo da violência, entre outras situações, podem desencadear o problema. “O importante é procurar ajuda, caso haja a identificação de algum sintoma como cansaço extremo, fraqueza, irritabilidade, angústia e falta de interesse em atividades que antes davam prazer”, explica.
Apesar de ser um dos principais problemas de saúde mental no país, a depressão não é o único foco da campanha. Também fazem parte o transtorno da ansiedade generalizada, que engloba a síndrome do pânico, distúrbio caracterizado por sentimentos de preocupação e medo fortes o bastante para interferir nas atividades diárias; a esquizofrenia, que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza; e o transtorno bipolar, associado a alterações de humor que vão da depressão a episódios de obsessão, e que são alguns dos transtornos mentais que impactam tanto a saúde quanto a vida social do paciente.
Falta de informação acentua o problema
Muitas vezes, as doenças mentais são alvo de preconceito devido à falta de informação. Alguns dos sintomas da depressão e da ansiedade, por exemplo, podem ser confundidos com preguiça, infantilidade, e até mesmo fraqueza, o que pode prejudicar o diagnóstico e o tratamento desses e de outros transtornos.
Segundo Dr. Sion Divan, para que o paciente diagnosticado receba um atendimento adequado e contínuo, é importante encarar a questão com seriedade e entender que nem todos lidam com os problemas da mesma forma.
Por isso, é preciso um cuidado multidisciplinar tanto para essas pessoas quanto para os seus familiares. “Todo esse trabalho é essencial para que se possa evitar o pior. Quando não é devidamente tratada, uma doença mental pode levar o indivíduo ao suicídio”, aponta o especialista.
Sobre o Cejam
Trata-se de uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, fundada em 1991 no estado de São Paulo. Chegou ao Rio de Janeiro no ano de 2012, após firmar uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para a implantação de um novo modelo de assistência: a Coordenação de Emergência Regional. Pouco depois, assumiu o gerenciamento do Complexo Ilha do Governador, formado pelo Hospital Municipal Evandro Freire e Coordenação de Emergência Regional (CER) – Ilha, com serviços voltados para o atendimento de urgência e emergência de média e alta complexidade. Desde então, as unidades têm conquistado o reconhecimento da população, do poder público e do meio acadêmico, desenvolvendo um trabalho de qualidade sempre voltado para a valorização dos seus usuários.
Com 15 leitos, a enfermaria de Saúde Mental do Hospital Municipal Evandro Freire tem a finalidade de atender e oferecer internação a pacientes que chegam ao hospital após um surto ou crises relacionadas a transtornos psicológicos ou psiquiátricos, com síndromes agudas de esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, depressão, distúrbio do pânico e da ansiedade generalizada; e aos usuários de álcool e drogas ilícitas com diversas patologias clínicas.
O diferencial do trabalho desenvolvido no hospital é que cada paciente internado recebe tratamento humanizado e individualizado, com atenção da equipe multidisciplinar formada por diferentes especialistas com conhecimentos distintos na área de saúde mental. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistente social, psicólogo comportamental e psiquiatra, que trocam ideias, experiências e conhecimento.
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