Projeto social abre 480 vagas para formação de programadoras em todo Brasil
Todas em Tech tem o apoio de Accenture, Creditas, Easynvest, Facebook, iFood e Nubank; Inscrições para a segunda turma encerram no dia 16 de julho
A presença feminina na área de tecnologia da informação aumentou significativamente. Pesquisas apontam que, aos poucos, as mulheres estão conquistando espaço em um setor que é amplamente dominado pelo público masculino. Com o objetivo de reduzir a lacuna de gênero na área da T.I e mostrar que tecnologia também é lugar de mulher, a {reprograma} anuncia a abertura de 480 vagas para as oficinas que irão selecionar 80 mulheres para as segundas turmas do programa Todas em Tech.
Lançado em janeiro de 2021, o Todas em Tech tem como objetivo impactar 2.400 mulheres em situação de vulnerabilidade até dezembro de 2022, sendo que o programa irá destinar cerca de, no mínimo, 55% das vagas para mulheres negras e, no mínimo 5%, para mulheres trans e travestis. Dentro desse número de participantes, 400 mulheres serão formadas como desenvolvedoras front-end e back-end. As interessadas podem se inscrever pelo link: https://reprograma.com.br/todas-tech/
A economista peruana e CEO da {reprograma}, Mariel Reyes Milk, explica que o esforço para aumentar a participação feminina é em conjunto: enquanto surgem cada vez mais iniciativas que têm como objetivo empoderar e capacitar mulheres em programação, cresce cada vez mais o número de empresas que investem em projetos educacionais de TI exclusivos para mulheres, e que também têm se movimentado para gerar novas oportunidades para que elas possam ocupar suas cadeiras no mercado de trabalho.
Com o aporte de R$4 milhões, o Todas em Tech foi desenvolvido pela {reprograma}, startup social paulistana, em parceria com o BID Lab, Laboratório de Inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento. O projeto também conta com o apoio das empresas: Accenture, Creditas, Easynvest, Facebook, iFood e Nubank.
Etapas do programa
As interessadas em participarem do Todas em Tech deverão se inscrever no site do programa e enviar um vídeo de até um minuto de duração. Vale ressaltar que as mulheres trans e travestis, que não se sentirem confortáveis em enviar vídeos, podem enviar áudios. Serão selecionadas 480 mulheres para participarem de oficinas com duração de um dia, na segunda quinzena de julho.
As oficinas têm como objetivo apresentar o universo de programação e desenvolvimento. Nas oficinas de front-end as alunas terão uma introdução a HTML e CSS. Nas oficinas de back-end as alunas terão uma introdução sobre a lógica de programação e JavaScript.
Após as oficinas serão selecionadas 80 mulheres para as segundas turmas do programa: 40 para a turma de back-end e 40 para a turma de front-end.
Como resultado do aprendizado das oficinas, as alunas irão produzir uma página pessoal para enviarem a recrutadores ou clientes, para estimular a entrada no mercado de tecnologia
Os cursos online e gratuitos iniciarão em agosto e terão uma duração de 18 semanas.
As vagas são destinadas a mulheres de qualquer região do Brasil, com preferência para mulheres negras e/ou trans e travestis. As inscrições se encerram no dia 16 de julho.
Cursos: back e front-end
No primeiro semestre de 2021 foram formadas duas turmas, no segundo semestre serão formadas mais duas turmas e ao longo dos dois anos de duração, ou seja, até dezembro de 2022, 400 mulheres terão a formação completa de programação, totalizando 10 turmas.
As aulas do curso de front-end acontecerão durante um sábado inteiro e as revisões dos conteúdos acontecerão às quartas-feiras à noite. Já as aulas do curso de back-end serão realizadas ao longo de um domingo inteiro, e as revisões acontecerão às quintas-feiras no período da noite. Além disso, as alunas terão que realizar um exercício semanal obrigatório e atividades complementares. Plantões para solucionar possíveis dúvidas estarão disponíveis para ajudar no desenvolvimento das alunas.
No total serão quatro módulos, com projetos ao final de cada um, que serão ministrados pela ferramenta Zoom, com aulas ao vivo.
Abaixo, confira os tópicos que serão apresentados para as alunas da turma de front-end:
Lógica de programação: sequência lógica para construir um programa, os tipos de dados utilizados, repetições, decisões e variáveis.
HTML e CSS: o primeiro item é utilizado para estruturar as regiões e conteúdos de um site, já o segundo se trata da parte de estética, como cores e fontes.
JavaScript: códigos escritos que realizam várias atividades, entre elas atualizar parte de uma página para acelerar a navegação, validar dados de um formulário até permitir usar jogos dentro do navegador.
Bibliotecas e Frameworks: agrupam códigos e ajudam a fazer seu trabalho mais rápido, também conhecido como react.
UX Design: com o nome de experiência do usuário, é uma área do conhecimento que envolve os fatores e princípios que influenciam positivamente a nossa percepção sobre um produto ou serviço digital.
Git & Github: é uma ferramenta de sistema de controle de versões que é utilizada principalmente no desenvolvimento de softwares.
Já os tópicos abordados na turma de back-end, são:
Lógica de programação: sequência lógica para construir um programa, os tipos de dados utilizados, repetições, decisões e variáveis.
JavaScript: códigos escritos que realizam várias atividades, entre elas atualizar parte de uma página para acelerar a navegação, validar dados de um formulário até permitir usar jogos dentro do navegador.
API (Application Programming Interface) Interface de Programação de Aplicação, que serve para integrar dois aplicativos ou para embutir uma aplicação dentro de outra.
Node.js: uma plataforma construída sobre o motor JavaScript do Google Chrome para facilmente construir aplicações de rede rápidas e escaláveis.
Git & Github: é uma ferramenta de sistema de controle de versões que é utilizada principalmente no desenvolvimento de softwares.
Como material de apoio as alunas têm acesso ao sistema de repositório com exercícios e os conteúdos das aulas, por meio do Github e Google Classroom. Ao final dos dois cursos, todas receberão um certificado de conclusão.
Mercado de trabalho na área de T.I
Após a finalização da formação, a {reprograma} visa conectar as alunas formadas à área de tecnologia, para atuarem em grandes empresas do mercado, que também são parceiras do “Todas em tech”. Para isso, elas terão auxílio na montagem do currículo e portfólio.
O contato das alunas com as empresas é realizado por meio de uma plataforma de conexão entre programadoras e empregadores, que será lançada no segundo semestre.
Em 2020, o número de vagas no setor da tecnologia cresceu mais de 300%, segundo a GeekHunter. “O aumento da procura de profissionais especializados em programação, por exemplo, é muito significativo, principalmente para as iniciativas, como a {reprograma}, que formam pessoas qualificadas para a carreira na área de T.I”, comenta Reyes
Educação como ponto de partida, em meio a pandemia
Para as mulheres que querem usar a tecnologia para mudar vidas e criar um impacto positivo no mundo, esse é o projeto certo. O objetivo do Todas em Tech é ensinar programação e dar a oportunidade de um futuro melhor, por meio da tecnologia, para mulheres em situação de vulnerabilidade, priorizando a seleção de mulheres negras e/ou trans e travestis.
Reyes explica que durante o processo educativo, as empresas parceiras: Accenture, Creditas, Easynvest, Facebook, iFood e Nubank, oferecem mentorias para o desenvolvimento profissional das alunas. “Durante o projeto, além de ensinar sobre programação, trabalhamos o aprimoramento das competências comportamentais das mulheres, os soft skills, de modo a conectá-las ao mercado de trabalho”, finaliza a economista.
Até o término do Todas em Tech, a expectativa da {reprograma} em relação à empregabilidade é de superar os 75% de taxa de contratação em até seis meses após formadas em todas as turmas que irão lançar até dezembro de 2022.
Para as mulheres interessadas, as inscrições para a segunda turma do Todas em Tech estarão disponíveis até dia 16/7. Saiba mais no https://reprograma.com.br/
Sobre a {reprograma}
Fundada em 2016, pela peruana Mariel Reyes Milk e suas sócias Carla de Bona e Fernanda Faria, a startup social paulistana que ensina programação para mulheres, priorizando as negras e/ou trans e travestis, por meio da educação, tem o objetivo diminuir a lacuna de gêneros na área de T.I. A {reprograma} possui parceria com grandes empresas como Accenture, Creditas, Facebook, iFood, entre outras. Mais informações no www.reprograma.com.br
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