Maior feira de turismo do continente africano destaca o turismo responsável
Sthembiso Dlamini, Acting CEO do South African Tourism, ao lado de Elizabeth Thabethe, vice-ministra do Turismo da África do Sul, de Derek Hanekom, Ministro de Turismo da África do Sul, e de Lindiwe Rakhadebe, ministra das Relações Internacionais e Cooperação do país
A Indaba, maior feira de turismo da África, aconteceu entre 2 e 4 de maio e apresentou números de crescimento do mercado de turismo africano.
Segundo dados divulgados durante o evento, o continente recebeu, em 2018, 67 milhões de turistas, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior e 1% maior que a média de crescimento do turismo mundial.
Trata-se de uma indústria que colaborou com 8,5% do PIB africano em 2018 e que tem potencial de crescimento, se levarmos em conta que a Organização Mundial do Turismo prevê que 1,8 bilhões de pessoas estarão viajando internacionalmente até 2030 e que 126 milhões visitarão o continente, quase o dobro do numero atual. Tem destaque África do Sul, Egito, Quênia e Etiópia. A Etiópia, no que diz respeito a economia relacionada ao mercado de turismo, cresceu impressionantes 48,6% em 2018, fazendo com que visitantes internacionais injetassem US$ 4,05 bilhões no país (aproximadamente BRL 15 bilhões). Na África do Sul, país líder no continente em recebimento de turistas internacionais, o total gasto pelos visitantes mundiais em 2018 foi US$ 9,1 bilhões (aproximadamente BRL 35 bilhões).
De acordo com os dados divulgados no Brasil pela TI Comunicações, empresa de comunicação, marketing e representante oficial do South African Tourism na América do Sul e Central, mais de 70 mil brasileiros visitaram a África do Sul em 2018. No que diz respeito a América do Sul e Central como um todo, foram mais de 116 mil turistas, representando um aumento de 8,3% em relação a 2017. Para 2019 a estimativa de crescimento é de até 15% no número de envios.
Entre as atrações que o continente oferece ao turismo mundial, os oficiais presentes ao Indaba destacaram: a paisagem, a herança cultural, os cada vez mais populares festivais de cultura (com destaque para a música), os safáris, a possibilidade de experiências cheias de adrenalina e de aventura e cidades modernas e vibrantes.
O ministro do Turismo da África do Sul, Derek Hanekom, e a acting CEO do South African Tourism, Sthembiso Dlamini, foram protagonistas da cerimônia de abertura do evento, discursando de forma impactante e emocionante.
Sthembiso Dlamini, Acting CEO do South African Tourism, ao lado de Elizabeth Thabethe, vice-ministra do Turismo da África do Sul
Depois de pedir um minuto de silêncio pelas vítimas atingidas pela tempestade tropical ocorrida em países africanos vizinhos, como Moçambique, Malaui e Zimbábue, Sthembiso chamou ao palco o ministro do Turismo, Derek Hanekom, para trazer importantes números para a indústria do turismo. Eles também destacaram a importância do turismo responsável, os 25 anos de democracia sul-africana, que se completam em 2019, e citaram Nelson Mandela.
"O turismo responsável deve nos guiar a partir daqui", disse Derek Hanekom. "Praticar um turismo que minimize as emissões de carbono, esteja focado na conservação de energia e de água, reduza o consumo de plástico, preste atenção a questões sociais, em comunidades e no trabalhador. Especialmente no continente africano, que ainda é casa para muitas pessoas marginalizadas, é fundamental garantir que as comunidades tenham acesso aos reais benefícios dessa indústria tão importante para o nosso desenvolvimento”. Para Hanekom, “o turismo é o novo ouro”.
Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul
No último dia do Indaba, o atual presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, discursou para uma plateia repleta de autoridades de todo o continente, ressaltando a importância da união dos países africanos para o crescimento do turismo. Enfatizou em seu discurso também o plano de retirar a exigência de vistos de entrada na África do Sul tanto para países do continente quanto de outras partes do mundo. Para brasileiros, já não há necessidade do documento para ir ao país.
Nas palavras de Nelson Mandela quando ele abriu o primeiro Indaba depois do fim do Apartheid, e o primeiro, portanto, de uma África do Sul livre: "É no turismo que a natureza e a humanidade encontram uma combinação perfeita de igualdade e de lucratividade. [O turismo] oferece recursos para a conservação de nossas riquezas e de nossas heranças naturais".
Da América do Sul, o South African Tourism convidou 15 operadores, sendo 10 do Brasil, três da Argentina, um do Chile e um do Peru. São eles (da esquerda para a direita): German Martinez (Destinos Mundiales) – Peru, Marina Herrera (Dopazo y Ravena) – Argentina, Celso Borges (Viagens Master) – Brasil, Olympio Pereira Neto (Viajar Barato) – Brasil, Marcelo Marques (South African Tourism - Central & South America), Saunne Bispo (Go Diáspora) – Brasil, Danilo Brito (Europlus) – Brasil, Luca Souza (Abreu) – Brasil, Jana Willett (Rio de Janeiro) – Brasil, Mauricio Majorano (King Midas) – Argentina, Maximiliano Fregonese (Elysium Travel) – Argentina, Dirceu Bittencourt (Raidho) – Brasil.
Da esquerda para direita: German Martinez, Marina Herrera, Celso Borges, Olympio Neto, Marcelo Marques, Sauanne Bispo, Danilo Brito, Luca Souza, Jana Willett, Maurício Majorano, Maximiano Fregonese e Dirceu Bittencourt
Completam o grupo de convidados do South African Tourism, que não na foto: Adriano Lucchesi (Atlantic connection) – Brasil, Camila Soares (Just Tour) – Brasil, Solange Oliveira (TGK) – Brasil, Gabriela Seguel (Pacific Reps) – Chile e mais cinco jornalistas, sendo 3 do Brasil, 1 da Argentina e 1 do Chile.
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