Conheça as diferenças entre investir em ações americanas em Corretoras ou BDRs
Novas regras da CVM dão mais opções de investimentos para diversificar o portfólio global de investidores. Como escolher o melhor caminho?
Diante da resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para investidores de varejo negociarem recibos de depósitos de valores mobiliários estrangeiros listados no Brasil (BDRs, na sigla em inglês), que entrou em vigor no dia 1º de setembro, desde ontem, dia 22 de outubro, qualquer investidor brasileiro pode investir em BDRs na B3. Ainda existem muitas dúvidas a respeito de como esses ativos funcionam e Paulo Kulikovsky, diretor na América Latina da Stake, plataforma que conecta pessoas de fora dos EUA ao mercado de ações americano, explica as diferenças entre esses dois tipos de investimentos internacionais. Conheça:
Oferta de produtos
A Stake irá ao mesmo tempo competir com os BDRs de instituições depositárias brasileiras e também crescer junto com o segmento. "Temos a vantagem de atuar com mais de 3,8 mil ativos com liquidez, entre ações e ETFs. Nem todos esses produtos serão listados no Brasil, ou tem liquidez”. Um dos desafios do mercado de BDRs no varejo está na falta de um mercado fracionário para BDRs que depende de quem (instituição depositária) irá fazer a custódia dos mesmos. Em outros países nos quais a plataforma já atua, como na Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia, mesmo com alto poder aquisitivo, muitos clientes possuem uma parte da carteira com fracionário.
Idioma
A barreira do idioma para o desenvolvimento dos BDRs é uma preocupação. As casas de análise cobrem o Top 20, o Top 50, e talvez em um ano, possam cobrir o Top 100 dos papéis listados em português, e isso pode acontecer. Mas, a partir do Top 100, o investidor vai precisar do inglês para encontrar informações, pois pelas novas regras, não há necessidade que eles sejam traduzidos, o que pode representar um risco para o investidor.
Taxas
Para atuar no Brasil, a Stake não cobrará taxas de corretagem para negociação direta de ações e ETFs no exterior. "Seremos remunerados pelo câmbio. A pessoa tem a opção de não precisar converter os valores em reais se reinvestir em dólares novamente. Por exemplo, se ela vender suas ações em dólares, e depois, comprar outros papéis, pode manter os dólares. Essa é uma vantagem de investir direto, pois o investidor corre o risco dessa alta volatilidade do câmbio entre uma operação e outra", comenta Kulikovsky.
A competição entre corretoras no exterior e as plataformas locais deve baratear os custos de negociação em BDRs, começando uma pressão para baixo nas taxas. Os custos para operar BDRs ainda são altos, englobando câmbio embutido, corretagem, além de não ser um produto muito democrático, pois não será possível transacionar frações dessas ações.
Sobre a Stake
Fundada em 2017 na Austrália, a Stake é uma plataforma que conecta pessoas que estão fora dos EUA ao mercado de ações americano, levando a todos as oportunidades de Wall Street de forma rápida e descomplicada. Com mais de 150 mil clientes na Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia, a plataforma chega à América Latina em 2020 oferecendo atendimento em português, taxa zero de corretagem, sem investimento mínimo e acesso a mais de 3.700 ações americanas e ETFs,além da possibilidade de investir de forma fracionada, ou seja, comprar qualquer quantia em dólar de qualquer ação.
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