Desinvestimento vira estratégia para reduzir dívidas após a COVID-19
Pesquisa da EY mostra que 100% das empresas latino-americanas venderão ativos para reduzir dívidas e 60% já planejam revisar seus portfólios
Os desinvestimentos ganharam força nos últimos anos pela necessidade de as empresas manterem-se estratégicas frente à rápida evolução tecnológica e mudança nas tendências de consumo. Com a pandemia de COVID-19, contudo, os planos imediatos de vendas de ativos foram desacelerados e o mercado passou a enxergar as maiores oportunidade para o pós-crise. Na América Latina, por exemplo, 100% dos respondentes pensam em desinvestir para reduzir dívidas e 60% já planejam revisar seus portfólios.
Os dados foram divulgados na oitava edição da pesquisa Global Corporate Divestment Study 2020, desenvolvida pela EY com mais de 1.000 executivos de todo o mundo. Com parte das perguntas realizadas antes e depois da intensificação da pandemia, o estudo analisou as mudanças de prioridades entre os negócios afetados pela crise.
"Neste ano, com um ambiente fortemente afetado pela crise e limitadas opções de alocação de capital, as empresas devem focar na gestão estratégia de seus ativos e melhorar a execução dos desinvestimentos para garantir a saúde futura de seus negócios. Acionistas em geral e principalmente os ativistas vão cobrar um plano sólido de resposta à crise, o que gera a necessidade de executivos estarem cientes de quais negócios devem permanecer no portfólio e quais devem ser rapidamente separados", afirma Fabio Schmitt, sócio de Transações Corporativas da EY.
Uma das oportunidades que as vendas podem trazer é a de acelerar agenda da inovação, uma vez que a crise intensifica a necessidade de aportes em áreas como automação. 52% das empresas globais pretendem financiar investimentos em tecnologia por meio de desinvestimento.
"O período pós-crise se caracteriza por crescente competitividade com a tecnologia fazendo um papel disruptivo nos modelos de negócio e acelerando mudanças. Empresas que desinvestem protegem a habilidade de gerar caixa, possibilitando uma melhor performance", complementa Fabio.
Brasil
Assim como nos demais países, 95% dos entrevistados brasileiros afirmam quem possuem ativos em seus portfólios que já deveriam ter sido desinvestidos. Aqui também é esperado uma forte onda de desinvestimentos para adequação dos negócios ao atual momento e ao momento pós-crise. A diferença é que em território nacional esse ciclo deve demorar um pouco mais: até 24 meses em comparação a estimativa de até 12 meses na média global.
Outra particularidade da região é em relação ao que se espera das negociações. Apesar da valorização do dólar frente ao real - o que, em tese, impulsiona as transações - a maioria dos respondentes do Brasil acredita que a desaceleração econômica deve resultar em um maior gap de preços, uma diferença de até 20% entre o que esperam os vendedores e o que estão dispostos a pagar os compradores. No entanto, 68% dos respondentes da América Latina não estão dispostos a reduzir o preço da venda de seus ativos em mais que 5%, o que só aumenta a necessidade de estarem muito bem preparados quando colocarem seus ativos no mercado.
"O Brasil está amadurecendo a cultura de desinvestimento estratégico. A rotina de avaliar o portfólio é nova nas empresas locais, mas a pesquisa mostra que os executivos estão cada vez mais cientes que uma boa gestão de capital requer análises e revisões constantes. É preciso reavaliar os benefícios de possuir negócios não core e considerar potenciais parcerias estratégicas que possam gerir melhor os ativos, aumentando a agilidade e o valor das empresas, principalmente no cenário atual", diz Fabio.
Sobre o estudo
O EY Global Corporate Divestment Study da EY é uma pesquisa anual com executivos das principais empresas do mundo para traçar perspectivas sobre o mercado de M&A. É conduzida em parceria com Thought Leadership Consulting, uma empresa do Euromoney Institutional Investor. Os resultados são baseados em uma pesquisa on-line com 1.010 executivos e 25 investidores ativistas globais num período pré-COVID (realizado entre novembro de 2019 e janeiro 2020) e uma pesquisa on-line com 300 executivos corporativos e 25 investidores ativistas globais após o início da crise (entre abril e maio de 2020). A maioria dos executivos é CEOs, CFOs ou outros C-Level.
Sobre a EY
A EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria. Presente em mais de 150 países, tem o propósito de construir um mundo de negócios melhor. Nossos insights e serviços ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. No Brasil, formamos um time de cinco mil profissionais e temos escritórios em 12 cidades. Com o centro de inovação colaborativa wavespace™, o Cybersecurity Center e o Analytics Hub, a EY está preparada para apoiar as empresas na transformação digital e nos movimentos de disrupção da Indústria 4.0.
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