Pesquisa da ALSHOP aponta que 93% dos varejistas registraram queda maior de 50% no faturamento
Cerca de 33% dos entrevistados informaram que demitiram em meio à crise do novo coronavírus
Depois do Poder Público anunciar medidas de isolamento social para frear a propagação do coronavírus, no início de março, o varejo passou a enfrentar uma das maiores crises dos últimos anos com o fechamento de lojas e shoppings em todo o país. Um mês após essa interrupção nas atividades a ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) realizou uma pesquisa com os seus associados e constatou informações como demissões, queda no faturamento e incertezas diante da situação econômica em meio ao enfrentamento da pandemia.
A pesquisa foi realizada com varejistas associados da ALSHOP entre os dias 17 e 22 de abril e foi respondida por 104 empresas. Estas companhias representam mais de 4 mil pontos de venda atuantes em âmbito nacional, de diversos setores do comércio e serviço, como alimentação, pets, calçados, vestuário, entre tantos outros.
A possível expansão dos negócios que estava prevista para este ano já foi prejudicada seriamente. A pesquisa mostrou que 7% ainda mantém os planos de expansão para 2020. Por outro lado, 52% dependem ainda do apoio dos locadores dos estabelecimentos e condições de financiamento para não fechar as lojas. Já 26% afirmou que vai esperar a reabertura do comércio para reavaliar a expansão, enquanto 15% já definiu que haverá fechamento de lojas.
De acordo com a pesquisa, em relação a reabertura dos estabelecimentos comerciais, 65% dos lojistas são a favor da retomada com horário restrito (12h às 20h), contra 14% que, querem a volta dos negócios em horário normal e 21% não concordam em discutir o assunto neste momento no estado de São Paulo.
A pesquisa da ALSHOP aponta que 68% dos entrevistados são a favor da mudança do Dia das Mães para 12 de julho, mas 27% discordam dessa medida e 5% preferiram não opinar.
Quanto ao acesso a linhas de crédito com juros reduzidos, concedidos pelos Governos Federal e Estadual, somente 21% participantes da pesquisa também informaram que procederam com o pedido, enquanto 79% informaram que houve burocracia e demora nas respostas. O crédito em condições especiais pode ajudar a reduzir os impactos negativos da crise e favorecer o capital de giro bem como evitar demissões.
Reabertura gradual dos estabelecimentos
Neste cenário de retomada, são 38 municípios em todo o território nacional já estão autorizados a reabrir como Barretos (SP), Resende (RJ), Volta redonda (RJ), Betim (MG), Governador Valadares (MG), Ipatinga (MG), Pouso Alegre (MG), Uberlândia (MG), Varginha (MG), Apucarana (PR), Cascavel (PR), Foz do Iguaçu (PR), Ponta Grossa (PR), São José dos Pinhais (PR), Cachoeirinha (RS), Canoas (RS), Caxias do Sul (RS), Lajeado (RS), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Florianópolis (RS), Itapema (RS), Águas Lindas (GO), Alexânia (GO), Luziânia (GO), Catalão (GO), Valparaíso do Goiás (GO), Rondonópolis (GO), Várzea Grande (GO), Campo Grande (MS), Três Lagoas (MS), Teixeira de Freitas (BA).
Medidas preventivas para clientes e frequentadores:
Controle de entrada dos clientes com medição de temperatura e higienização das mãos;
Limitação de quantidade de clientes conforme a capacidade do empreendimento;
Nas praças de alimentação, implantação de postos de higienização das mãos e maior espaçamento entre as mesas, bem como a remoção ou interdição de bancos nos corredores;
Orientação visual aos clientes e frequentadores para evitar aglomeração e incentivá-los a lavar as mãos, bem como, não andar em grupos com mais de 5 pessoas.
Medidas preventivas para os colaboradores e lojistas em geral:
Expor informações claras sobre a quantidade máxima de clientes nas lojas conforme a metragem do estabelecimento;
Mapear a distância entre clientes com identificação nas filas dos caixas;
Instalar placas de acetato nos caixas das lojas com abertura inferior para a cobrança em papel moeda ou máquinas de cartões devidamente higienizadas;
Fornecer aos colaboradores das lojas materiais de proteção individual como máscaras, protetores faciais e luvas;
Adotar novos protocolos de higienização dos ambientes.
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