Produtor já precisa se preocupar agora com a colheita, mesmo com atraso no ciclo
Produtor que não tiver capacidade de colheita corre um grande risco de perda de qualidade - Site Case IH
Segundo especialista, impactos do El Niño podem, por exemplo, trazer problema de maturação não uniforme nas lavouras de grãos. Assim, o produtor que não se planejar e ficar atento manutenção ou renovação de colheitadeiras, corre grande risco de perda na qualidade da safra, e consequentemente, prejuízo
Os efeitos do fenômeno El Niño no Brasil, como o excesso de chuvas no Sul do País, seca e altas temperaturas no Centro-Oeste, fizeram com que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduzisse mais uma vez sua estimativa para a colheita de grãos e fibras no país em 2023/24. No começo de dezembro, a indicação passou a ser de que a produção para o atual ciclo fique em 312,3 milhões de toneladas, 4,4 milhões de toneladas a menos do que a estimativa apresentada no mês anterior.
Se o impacto climático no plantio reduziu a expectativa de produção, o jeito fazer com que as perdas sejam as mínimas possíveis com uma colheita muita bem planejada, que começa já agora com atenção à manutenção das colheitadeiras ou, se necessário, a aquisição de um modelo mais moderno e que otimize o processo. Essa pelo menos é uma das dicas de Jonathan Costa, técnico em mecânica e instrutor do Grupo Pivot, empresa que é uma das líderes nacionais na comercialização de maquinários agrícolas e sistemas de irrigação.
O especialista explica que, mesmo com a expectativa de atraso na colheita, em virtude do ciclo irregular de chuvas (especialmente na região Centro-Oeste), o produtor já precisa se preocupar com a colheitadeira, seja para revisão de manutenção ou para busca de um novo equipamento. “Esses ciclos irregulares de chuva acabam atrapalhando a janela da colheita, podendo ocorrer, no caso da soja por exemplo, a maturação do grão de forma não uniforme. Sendo assim, o produtor que não tiver capacidade de colheita corre um grande risco de perda de qualidade, e consequentemente prejuízo”, afirma o técnico.
Para quem já tem uma colheitadeira, Jonathan alerta que as revisões técnicas na concessionária autorizada, antes do início das operações, são fundamentais para que o maquinário tenha o desempenho esperado, mesmo para os equipamentos que estão no período de garantia. “A assistência técnica sempre levará em conta as horas de trabalho da máquina, mais que o próprio tempo de garantia, para se fazer os ajustes citados no gráfico de manutenção do manual do operador. Isso vale também para as revisões pós-safras”, esclarece Jonathan.
Já para máquinas fora do período de garantia, o instrutor da Pivot orienta que o produtor sempre siga os cronogramas de manutenção conforme as horas de trabalho do equipamento. “Manter o programa de revisões em dia, não só assegura uma vida útil extensa do equipamento, como também garante a alta performance na colheita. Outra dica é sempre manter a máquina limpa após as operações diárias e também nos períodos de entressafra”, afirma técnico mecânico.
Equipamentos novos
Mas se o produtor avalia que é preciso renovar o equipamento que tem ou ampliar a quantidade, a orientação do especialista da Pivot é de que a compra seja precedida de uma pesquisa bem criteriosa, sobre que tipo de equipamento irá trazer melhor custo-benefício, levando-se em conta principalmente o tipo de relevo da área de plantio e a textura do solo. Ele lembra que nem sempre o equipamento mais caro e maior será o que irá trazer os resultados que o produtor necessita. “O produtor precisa, na verdade, comprar o que ele de fato necessita para suas operações. Muitas das vezes a maior máquina não é necessariamente a melhor opção, pois o cliente deve levar em consideração aspectos como relevo de área, tipo do solo, manobra na propriedade, peso de máquina, tamanho de plataforma, desnível de terreno, se o mesmo possui curva de nível ou não”, exemplifica.
Outro a questão importante destacada por Jonathan Costa, ao se escolher uma colheitadeira nova ou qualquer outro tipo de maquinário agrícola, é a preferência por montadoras, fabricantes e modelos de equipamentos que já tenham um bom tempo de mercado, isso por um motivo simples: quanto maior a participação no mercado, maior é a disponibilidade de peças, a rede de atendimento técnico e o número de técnicos capacitados para manutenção. “Não adianta comprar um equipamento ultra moderno, se você não tiver perto de você ou ter fácil acesso a um atendimento técnico especializado, especialmente para resolver urgências que muitas vezes deixam as máquinas paradas, gerando prejuízo”, afirma.
Sobre o tipo de equipamento mais adequado para determinado tipo de cultura, Jonathan Costa explica que as modernas colheitadeiras já contam com configurações que atendem o maior leque de cultivos possíveis e dentro das mais variadas condições ambientais, garantindo menor dano possível de equipamentos e peças, assegurando também baixíssimos índices de impureza e máxima produtividade.
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