Chuva e calor representam combinação perfeita para aumento de mastite, doença que causa o maior prejuízo econômico à pecuária de leite
Especialista da Pearson Saúde Animal alerta para a alta incidência da doença, causada por mais de 100 bactérias e disseminada pelo país.
A pecuária de leite é uma atividade de ciclos e enfrenta altos e baixos periodicamente, o que exige boa gestão – inclusive sanitária – para não comprometer a rentabilidade de um momento para outro. No campo da saúde, os inimigos são vários e os problemas podem ocorrer devido a diversos fatores, incluindo a chegada de chuvas e do tempo quente. Segundo o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos para Animais de Produção da Pearson Saúde Animal, esse é o período em que a mastite começa se torna ainda mais frequente nas propriedades leiteiras.
“Com o calor, vem a chuva e o consequente aumento de umidade. É o cenário perfeito para a ocorrência de mastite ambiental, quando os animais ficam mais suscetíveis à contaminação das bactérias presentes nas fezes e urina e, como o nome diz, a transmissão é feita do meio ambiente para o animal. Aqui, a atenção precisa ser redobrada, especialmente no parto e início da lactação”, explica Vechiato.
A mastite é uma inflamação da glândula mamária. A doença é causada por cerca de 100 diferentes bactérias e é o mais importante problema econômico da pecuária leiteira. “De acordo com dados da Embrapa, a mastite provoca redução de até 42% na produção de leite. O prejuízo financeiro da propriedade é enorme”, alerta o veterinário da Pearson.
Há dois tipos de mastite: contagiosa e ambiental, de acordo com a bactéria e o modo de transmissão. A contagiosa é mais frequente durante a lactação e ocorre por falta ou má higienização na ordenha. Ela é transmitida de um animal para o outro pelos equipamentos de ordenha contaminados ou até mesmo pelas mãos dos profissionais. A enfermidade é classificada como mastite clínica, que apresenta sinais da infecção no leite no úbere infectado – grumos e pus, e mastite subclínica, mais difícil de identificar porque não apresenta sinais clínicos no leite. A realização periódica do CMT (Califórnia Mastite Teste) e o teste da caneca são essenciais para rápida identificação no rebanho e por isso devem ser realizados rotineiramente.
“O manejo adequado do rebanho e a frequente higienização do ambiente contribuem para reduzir significativamente a proliferação dos agentes transmissores da mastite. É importante que o produtor de leite também monitore constantemente os animais para, quando detectar a contaminação, possa agir rapidamente”, recomenda Thales Vechiato.
Como toda infecção, a mastite vem acompanhada de inflamação dos úberes. Produtos com princípios ativos que associam antibióticos e anti-inflamatórios são os mais eficientes para o tratamento. É o caso de Newmast, formulado com Flumetasona, Neomicina e Espiramicina, que aumenta o espectro de ação e atua sobre os principais agentes causadores de mastite em bovinos. “O uso de medicamentos resolve o problema, porém é preciso realizar o manejo sanitário estratégico para evitar futuros casos. A mastite ocorre com muita facilidade e é implacável. Os produtores precisam estar atentos diariamente a esse problema”, explica o gerente de produtos para Animais de Produção da Pearson Saúde Animal.
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