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Títulos agrícolas chegam a novos setores do mercado

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rafael Revadam
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Além das culturas tradicionais, como soja, milho e café, nova legislação permite uso de CPRs para ativos ambientais e outros

Um ano após a sua sanção e adaptação do mercado, a Lei do Agro segue impactando diferentes setores. Entre as suas principais modificações, agora novos ativos podem utilizar a CPR (Cédula de Produto Rural) no financiamento de suas culturas. Para a agtech Bart Digital (www.bartdigital.com.br), empresa pioneira na emissão eletrônica deste título, as mudanças legislativas impactam positivamente a oferta de recursos para a agricultura e, em especial, a agricultura sustentável.

Uma das mudanças positivas foi a inclusão de ativos florestais no rol de produtos que podem lastrear uma CPR, um movimento que acompanha a recente digitalização do setor. É o que explica Mariana Bonora, CEO da Bart Digital:

“Até 2019, o interesse pela digitalização dos recebíveis e financiamento agrícola era mais latente em culturas que já se financiavam no mercado de capitais, como soja, milho, cana, café e algodão. Com a popularização da tecnologia e diversificação dos instrumentos financeiros do agro, passamos a receber demanda de outros segmentos, como produtores de arroz, aveia, boi, carbono, eucalipto, feijão, gergelim, leite, madeira, entre outros”.

Apesar da Lei do Agro já ter contemplado a inclusão dos ativos ambientais no rol de produtos que podem lastrear CPRs, o governo prepara também um decreto para criação da CPR Verde, que permitirá a negociação da floresta em pé ou em crescimento e o sequestro de carbono feito por elas.

Como consequência da expansão do mercado, a agtech londrinense Bart Digital quadruplicou sua base de clientes e passou a atender outras startups, cooperativas, revendas, usinas, instituições financeiras, securitizadoras, confinamentos e indústrias. “A base de clientes ainda tende a aumentar à medida em que o mercado consiga absorver todas as oportunidades trazidas pela modernização legal e crescente digitalização do setor”, afirma Bonora.

“A Bart Digital começou em 2016, ao percebermos a burocracia presente nas operações de barter, que é a troca de insumos por produção agrícola. Em contato com o mercado, vimos como esse processo era descentralizado. Nem todo produtor rural assinava os documentos digitalmente, nem todas as empresas aceitavam documentos digitais e os cartórios também não estavam familiarizados com esse processo”, complementa Bonora.

Para a especialista, a pandemia e a Lei do Agro impulsionaram a modernização do agronegócio, e seus impactos ainda serão vistos a longo prazo. A Bart Digitou movimentou R$ 5,7 bilhões em CPRs entre fevereiro de 2020 a julho de 2021, e espera chegar a R$ 10 bilhões até final do ano.

“Toda essa digitalização do setor permite que o produtor rural se fortaleça, pois quando se tem tudo em bases digitais, é muito mais fácil compreender o risco, adotar mecanismos de proteção, e identificar novas oportunidades. Estamos vendo o produtor rural participando mais do mercado, o que reflete não apenas em conhecimento, mas também no acesso ao crédito e no consequente crescimento de toda a cadeia produtiva”, conclui.

Sobre a Bart Digital

Pioneira na emissão de e-CPR (Cédula de Produto Rural eletrônica), a Bart Digital (www.bartdigital.com.br) é uma agtech fundada em 2016 que visa oferecer soluções digitais voltadas ao financiamento agrícola. A empresa é dirigida por sua fundadora, a advogada Mariana Bonora, que também é membro da Diretoria da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs).


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