Morte súbita de gado prejudica a pecuária
Foto: Juliana Amorim/Unsplash.
Existem muitos riscos de acidentes, doenças e eventos climáticos que precisam ser mitigados para não comprometerem a atividade do pecuarista
O setor da carne bovina está aquecido, com alta nas exportações especialmente para atender a demanda chinesa. Além disso, o cenário interno marcado por limitada oferta de animais prontos para o abate e maior retenção de fêmeas com foco em reposição colaboram para a alta dos preços.
A arroba do boi gordo, que registrou trajetória de alta no primeiro semestre deste ano, atingiu a máxima de R$ 321,90 em junho, segundo indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea - Esalq/USP). A pecuária tem grande importância para a economia brasileira e, especialmente em momentos de escalada nos preços, cada arroba importa muito.
Com a oferta restrita de animais, o manejo precisa ser ainda mais cuidadoso, prevenindo ameaças que poderiam comprometer o negócio. Existem riscos que muitas vezes ainda passam despercebidos no campo, como a incidência de doenças, acidentes e eventos climáticos que provocam a morte súbita de gado, ameaçando a atividade do pecuarista.
Riscos para a pecuária
A ocorrência de raios ou queda de fios de alta tensão na fazenda representam um sério problema que pode matar várias cabeças de gado instantaneamente. Os animais também podem ingerir acidentalmente plantas daninhas como, por exemplo, a erva-de-rato e cipó-preto, ocasionando em casos de intoxicação que podem levar ao óbito. Existe ainda o risco de os animais serem atacados por animais peçonhentos.
Quando o assunto são as doenças, abre-se um enorme leque de problemas que podem ser fatais, como o botulismo, enterotoxemia, hepatite infecciosa necrosante, entre outras. No caso do gado de leite, as vacas podem ser acometidas pela mastite, infecção preocupante que compromete a produção e qualidade do leite.
Esses exemplos citados e outros riscos representam a possibilidade de morte do gado, o que abalaria a produção. Para evitar esses prejuízos, vale a pena investir em estratégias de mitigação dos riscos, por meio da contratação de um seguro pecuário. Desse modo, em caso de morte de animais, o pecuarista seria ressarcido e a ocorrência não comprometeria o seu patrimônio. Além disso, o pecuarista pode se beneficiar do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Atualmente, o PSR permite subvencionar até 40% do prêmio do seguro pecuário, limitado ao valor máximo de R$ 24 mil ao ano por CPF cadastrado.
O segmento de seguro pecuário é um dos que mais crescem no mercado. Segundo dados do Atlas do Seguro Rural, em 2020 foram emitidas 1.722 apólices de seguro pecuário subvencionadas, com valor total segurado de R$ 976,19 milhões e prêmio arrecadado de R$ 15,71 milhões. O ano de 2020 registrou um crescimento de 385% de apólices subvencionadas de seguro pecuário, em comparação com as 355 apólices emitidas em 2019.
A Fairfax colabora para a proteção de rebanhos bovinos de corte e de leite, oferecendo o seguro pecuário desde 2018. De acordo com Fabio Camargo, que é médico veterinário e responsável técnico do seguro pecuário da Fairfax, em quatro anos de atuação no segmento, a seguradora conseguiu desenvolver bastante esse seguro e propor melhorias em conformidade com as demandas do mercado brasileiro.
Existem propostas customizadas pela Fairfax para atender frigoríficos interessados em proteger os animais durante o transporte, há apólices desenhadas para a pecuária de leite, entre outras possibilidades de negociação. “Conseguimos moldar o seguro pecuário conforme a necessidade do segurado e fazer um produto diferenciado. O nosso grande diferencial é o não engessamento das condições, temos liberdade para negociar as características desejadas pelo segurado”, afirma Camargo.
Coberturas disponíveis
A Fairfax Brasil disponibiliza cobertura para uma série de riscos com cobertura básica que podem ser negociadas em apólices para proteger rebanhos de corte ou de leite e apólices individualizadas para animais de genética superior. Entre as opções, o risco de “Acidente” é o mais abrangente, considerando quedas, fraturas e quaisquer outros fatos acidentais que ocasionem na morte do animal. O risco “Doença” também é muito amplo, mas a validade deste depende de documentação básica de sanidade do animal, com atestado veterinário, resultado de exame de hemograma, brucelose e tuberculose.
Outra preocupação muito comum é a queda de raios, para a qual é possível mitigar o risco com a cobertura “Eletrocussão, Incêndio, Insolação e Raio”. Essa cobertura básica considera qualquer ocorrência de raios, bem como o contato do animal com fios de alta tensão, choques em cerca elétrica, incêndios acidentais, entre outras possibilidades.
Há ainda na cobertura básica, cobertura para os riscos de asfixia por sufocamento ou submersão; envenenamento, intoxicação e ingestão acidental de corpo estranho; luta, ataque ou mordedura de animais. O pecuarista pode ainda proteger a atividade contra as mortes de animais segurados ocasionadas por inoculações vacinais e outras medidas de ordem profilática; eutanásia ou abate por determinação de médico veterinário.
Seguro Rebanho
Destinado para animais organizados em rebanho, esse seguro é desenhado para assegurar a quantidade mínima de 30 animais e ser mais acessível à pecuária de produção. “Os produtos para o gado de corte e de leite são calculados com base no valor da arroba ou de mercado do animal em produção, e conseguimos fazer uma condição mais ajustada em relação a taxas e franquias para não pesar no bolso do segurado”, conta Camargo.
Outro diferencial da Fairfax Brasil é a flexibilidade para negociação de coberturas e prazos, podendo variar de 30 dias a um ano. Pecuaristas e a indústria geralmente demonstram interesse em proteger o gado durante o transporte para o abate, contratando uma apólice específica com a duração mínima de 30 dias. “Empresas e caminhões transportam gado com preocupação com relação ao bem-estar animal. Mas, muitas vezes as viagens longas passando por estradas ruins estressam o gado, os animais perdem peso e podem se machucar, brigar, quebrar a pata, por exemplo”, explica Camargo.
Gado de elite
Outra possibilidade é proteger animais de genética superior, optando pelo seguro de gado de elite. Essa proposta é voltada para o público que deseja assegurar fêmeas de genética superior, touros de centrais de sêmen e touros reprodutores importantes para a fazenda.
No caso dos touros, o contratante pode se interessar pelas coberturas especiais de perda de função reprodutiva, para as quais não é necessário o óbito do animal para acionar o sinistro. Essa modalidade pode considerar a ocorrência de impotência, infertilidade e a incapacidade de servir a fêmea. “O seguro de gado de elite geralmente tem uma visibilidade maior porque o pecuarista faz um grande investimento em genética e, quanto perde um animal, isso pesa muito no bolso”, opina Camargo. Nesta modalidade, o limite máximo para contratação de apólice da Fairfax Brasil é de R$ 300 mil por animal.
O seguro pecuário da Fairfax Brasil está disponível para criadores de gado de corte e de leite com animais registrados em associações de várias raças como, por exemplo, Angus, Gir, Gir Mocho, Girolando, Nelore, Senepol, Tabapuã, entre outras. Também é possível buscar negociação de apólice para assegurar animais sem raça definida.
Modalidades para outros animais
A Fairfax oferece ainda outras opções de seguros, que protegem atividades como a avicultura, a criação de equinos, peixes e mariscos. Entre os destaques, a seguradora desenvolveu um seguro sanitário especialmente para proteger a avicultura de Mato Grosso contra a incidência de influenza aviária e doença de Newcastle. A apólice, assinada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Associação Mato-grossense de Avicultura (AMAV), atualmente assegura cinco plantas avícolas e 16 granjas de ovos que operam no estado, englobando 300 milhões de aves voltadas para a produção de carne e 10,5 milhões de galinhas poedeiras, para a produção de ovos.
Há ainda opções de contratação de seguro aquícola, voltado para proteger contra a mortalidade de tilápias e mariscos. Já o seguro para equinos é voltado especialmente para atender criadores de cavalos para esporte e reprodução, garantindo indenização em caso de morte do animal segurado ou, no caso de contratação de cobertura especial, indenização para perda de funções reprodutivas, esportivas ou roubo e furto qualificado.
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