Agronegócio e ESG são compatíveis?
Por que aplicar as práticas ESG na criação de animais, no cultivo e plantio de alimentos? Quem ganha com isso? Especialista explica
Os consumidores e o mercado estão cada vez mais engajados e atentos à defesa do meio ambiente, das pautas sociais e práticas de governança. Por isso, muito tem se falado em ESG - "environment, social and governance". Mas e no âmbito do agronegócio, colocado como o vilão da questão ambiental? Um estudo da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) afirma que o ESG é um dos principais gargalos do setor no país. Diante desse cenário, será que o agronegócio e ESG são compatíveis? O setor consegue adotar as práticas necessárias?
“Nada excludente e altamente complementar”. É assim que o advogado Emanuel Pessoa, especializado em Direito Econômico Internacional e Governança Corporativa, define a relação entre ESG e agronegócio. “Para compreender essa visão, precisamos observar ângulos distintos relacionados ao setor”, afirma.
O primeiro deles é a questão de que cada vez mais consumidores têm se importado com a origem dos alimentos que consomem, levando em consideração informações sobre a sustentabilidade do negócio, área de cultivo apropriada, utilização ou não de insumos prejudiciais ao consumo humano e à natureza, e o tipo de tratamento dado aos animais, por exemplo. “Esses consumidores estão dispostos a pagar mais pela comida que estiver de acordo com os valores ambientais em que acreditam”, explica Emanuel.
Do lado dos investidores, é possível observar essa mesma tendência crescente, dando preferência a aportar dinheiro em empreendimentos que adotam princípios de proteção ambiental e sustentabilidade na criação, plantio e colheita. “Isso significa que tais empresas encontram crédito mais abundante que as suas concorrentes que não demonstram preocupação ambiental. E com crédito mais barato, elas podem ampliar seus investimentos em tecnologia e produtividade”, pondera o especialista.
O ESG acaba sendo um diferencial para o investimento e já é uma preocupação dos empresários do setor. Segundo a pesquisa Anual Global de CEOs 2021, da PwC, 47% dos líderes brasileiros do agronegócio acham que precisam divulgar mais o seu impacto no meio ambiente.
“Claro que ainda há obstáculos a serem superados, como a demanda por energia e água. Mas já passou da hora de aplicar as práticas ESG no agronegócio. Não fazendo isso, a empresa está se privando de um mercado consumidor que paga mais, de crédito mais barato e ainda incorre em riscos à sua reputação, em um momento em que seus concorrentes se esforçam para se posicionar como campeões de sustentabilidade”, conclui o advogado.
Emanuel Pessoa - advogado especialista em Política Econômica Internacional, Negociação de Contratos, Inovação e Internacionalização de Empresas. É Mestre em Direito pela Harvard Law School, Doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo, Certificado em Negócios de Inovação pela Stanford Graduate School of Business, além de ser Bacharel e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Ceará. O profissional ainda ensina Negociação Avançada em cursos executivos. Com um escritório sediado em São Paulo, atende clientes de todo o Brasil e do exterior. Seu propósito é fazer das empresas brasileiras companhias globais.
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