Ciberataques em 2025: Especialista do Inatel alerta para 5 tendências que podem afetar você
Especialista do Inatel aponta principais desafios e inovações que irão transformar a segurança cibernética ao longo do ano
A proteção digital está em um ponto de inflexão. Com o avanço acelerado da tecnologia e a sofisticação dos ataques cibernéticos, as estratégias de proteção precisam se reinventar constantemente. Em 2025, tendências como o uso de inteligência artificial na detecção de ameaças, a segurança em ambientes multicloud e a proteção de dispositivos IoT estarão no centro das discussões globais.
De acordo com Guilherme Aquino, Coordenador do Centro de Segurança Cibernética (CxSC), do Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel, o ransomware continuará a ser um dos principais desafios de segurança. Setores críticos, como saúde, educação e serviços financeiros, serão especialmente mais vulneráveis, impulsionados pela rápida digitalização e pela carência de políticas robustas de proteção.
“As soluções, no entanto, estão evoluindo na mesma velocidade que as ameaças, trazendo novas formas de mitigar riscos e fortalecer a resiliência das organizações”, explica Aquino. “Essas soluções incluem o uso de machine learning para identificar anomalias, estratégias de backup descentralizado e simulações de ataques para fortalecer defesas”, completa.
Diante desse panorama, Aquino listou cinco tendências que podem impactar a segurança digital no Brasil e no mundo em 2025.
Inteligência Artificial na detecção de riscos
A IA está revolucionando a identificação de ciberataques e pode transformar a segurança digital. “Ferramentas baseadas em machine learning conseguem detectar padrões incomuns e responder a ameaças em tempo real. Com isso, empresas podem se proteger contra ataques antes mesmo que causem danos significativos”, comenta o especialista do Inatel.
Ransomware em alta
Ataques de sequestro de dados continuam a se sofisticar e a crescer em impacto. “Em 2025, os hackers devem intensificar o uso de técnicas de dupla extorsão, exigindo resgate para devolver dados e evitar vazamentos. A adoção de backups descentralizados e de políticas de resposta a incidentes será essencial para mitigar perigos”, explica.
Segurança multicloud
Esse modelo já é amplamente adotado por diversas organizações, mas seu uso ainda enfrenta desafios para atingir o máximo de eficácia. Segundo Guilherme as empresas que utilizam diferentes provedores de nuvem precisam garantir uma coordenação eficiente entre as plataformas. “Para isso, soluções de gerenciamento unificado e criptografia avançada desempenham um papel essencial na redução de riscos em ambientes multicloud”, pontua.
Proteção de dispositivos IoT
O crescimento exponencial de dispositivos conectados apresenta riscos significativos. “A diversidade de dispositivos e a falta de atualizações de segurança continuam sendo pontos críticos. Medidas como monitoramento contínuo e autenticação robusta são fundamentais para proteger esses ecossistemas”, afirma o especialista.
Preparação de empresas e governos
Além dos setores privados, o poder público tem se atentado para a necessidade de aprimorar a proteção cibernética e deve estar presente nos debates sobre o tema ao longo de 2025. “Governos e corporações estão investindo em simulações de ataques e treinamentos de equipes para garantir respostas rápidas. Programas de conscientização e políticas integradas às ameaças emergentes serão essenciais”, conclui o Coordenador.
Sobre o Inatel
O Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel, fundado em 1965, é um centro de referência em ensino, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Localizado em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, foi a primeira instituição de ensino superior de Engenharia de Telecomunicações do Brasil e, atualmente, oferece sete cursos de graduação, além de pós-graduação lato sensu, cursos a distância e Mestrado e Doutorado em Telecomunicações.
Além de formar profissionais, o Instituto facilita a transferência de tecnologia para o mercado e mantém parcerias estratégicas com empresas de tecnologia nacionais e multinacionais, além de órgãos como os Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde 2016, é a unidade Embrapii, responsável por apoiar o desenvolvimento e a inovação no Brasil e, em 2023, foi anunciado como Centro de Competência Embrapii em Redes 5G e 6G.
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