Dominar a tecnologia e outras disciplinas já é um diferencial no exercício da advocacia
Em congresso internacional, estudiosos mostraram que entender a lógica dos algoritmos de Inteligência Artificial adotados por Tribunais, por exemplo, determinará o sucesso profissional além de garantir os princípios éticos necessários à proteção dos direitos individuais
Como saber se os softwares desenvolvidos e utilizados por um determinado tribunal na análise de admissibilidades (por enquanto) são efetivamente neutros ou “justos”? Esta é uma das situações que demonstram a necessidade de os advogados começarem a dominar a tecnologia no exercício do Direito, já que isto representa muito mais do que a digitalização dos processos.
Pesquisadores e professores de tecnologia e de Direito de diversos países apresentaram a situação da tecnologia no mercado jurídico e suas implicações durante o II Annual Meeting - Congresso Internacional sobre Direito, Tecnologia e Mercado, que aconteceu entre os dias 4 e 6 de agosto, promovido pelo Instituto New Law, escola global de Direito com foco em tecnologia, mercado e inovação.
Foram mais de 7.300 inscritos de todas as regiões do Brasil e de países como Estados Unidos, Portugal, Equador e Peru, que fizeram cerca de 10 mil interações por chat. Durante as mais de 11 horas de conteúdos com 25 palestrantes, o evento recebeu mais de 21 mil views, comprovando o crescente interesse do mundo jurídico pelos mais diversos aspectos relacionados aos impactos da tecnologia neste mercado.
“Nós tivemos o cuidado de trazer para o público brasileiro temas que pudessem abranger as mais diversas áreas de impacto entre a tecnologia e o Direito, e seus reflexos para a advocacia, considerando ainda uma visão pluralista de estudiosos de diversas regiões do planeta”, explica Isabela Ferrari, professora, coordenadora acadêmica do Instituto New Law, juíza federal no Rio de Janeiro, mestre e doutoranda em Direito Público pela UERJ, Visiting Researcher pela Harvard Law School.
A utilização de Inteligência Artificial por tribunais de vários países, seus reflexos e preocupações com ética e regulação, foi tratada pelos ministros Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal e Ricardo Villas Bôas Cueva do Superior Tribunal de Justiça; Paurush Kumar, pesquisador e representante indiano no Brics Legal Fórum; Peter Hirst, reitor de educação executiva do MIT e Dingding Chen, professor de relações internacionais da Jinan University.
Eles mostraram que a participação dos advogados será essencial nos processos de regulação destes novos recursos tecnológicos, que hoje já estão em uso mas vão impactar nas relações entre países e até no futuro da economia, de uma forma muito mais intensa do que é percebida neste momento.
“A velocidade com que a tecnologia vai se disseminando no mercado jurídico não tem sido acompanhada por toda a sociedade como deveria, e isto pode ampliar algumas lacunas de justiça para os cidadãos e para os operadores do Direito que se recusarem a aceitar uma nova realidade movimentando suas profissões”, afirma Erik Navarro, professor, coordenador acadêmico do Instituto New Law, juiz federal no Rio de Janeiro, doutor pela UERJ, em colaboração com a Harvard Law School.
Muito além de causas ou de política
Outro aspecto interessante apresentado durante o II Annual Meeting foi a importância de os advogados estarem em linha com os pactos originados em organizações multilaterais como a ONU, como forma de se manterem atuais no mercado.
Durante o painel “Combate à corrupção e Direitos Humanos em uma era de hiper transparência”, a diretora do Pacto Global Anticorrupção da ONU Christina Koulias, abordou um tema sensível que se intensificou durante a pandemia de convid-19: que as exigências de maior responsabilidade corporativa por parte de instituições como bolsas de valores, exige atualização e domínio das ODs pelos advogados para ajudarem as empresas a se adequarem aos novos valores delas exigidos pelo universo de novos consumidores.
“Mais do que oferecer conhecimentos e informações atualizadas sobre os impactos da tecnologia sobre o Direito em várias partes do mundo, aprofundamos nossa convicção de que estamos oferecendo as ferramentas básicas essenciais para que os profissionais de advocacia se preparem para um futuro que já está sendo construído”, finaliza Bruno Barata, professor, diretor do Instituto New Law, mestre pela FGV-SP, especialista em Liderança pela Harvard Law School, membro do Conselho da International Bar Association e do Pacto Global Anticorrupção da ONU.
Sobre o II Annual Meeting do Instituto New Law
Um dos principais congressos sobre Direito, Tecnologia e Mercado do mundo, direcionado especialmente para advogados e estudantes de Direito; mas interessante também aos demais operadores do Direito, prestadores de serviço e desenvolvedores de tecnologia para o mercado jurídico, além de profissionais de relações internacionais, líderes de grandes empresas e acadêmicos em geral. Entre seus palestrantes, professores, juízes, tecnólogos e estudiosos de Harvard, MIT e de vários lugares do mundo - algumas das mentes mais brilhantes que ajudam a pensar o futuro das relações jurídicas.
Sobre o Instituto New Law
Escola global de Direito com foco em Tecnologia, Mercado e Inovação, que oferece cursos de pós-graduação online e de formação específica sobre habilidades exigidas para os novos e futuros juristas, a partir de uma visão multidisciplinar e tecnológica da atividade e do setor. Possui em seu corpo docente professores de Harvard, MIT e de outras IVY Leagues.
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