Museu das Culturas Indígenas celebra a Mata Atlântica com nova exposição e atrações para todas as idades
A partir de 27/05, mostra do MCI reproduz a atmosfera da Mata Atlântica e convida o público a participar de uma vivência sensorial;
Caminhada no Parque da Água Branca e na aldeia Yvy Porã integram a programação da Semana de Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica, promovida pelo Museu;
Encontros, lançamentos e exibição de documentário completam a programação, disponível no site https://museudasculturasindigenas.org.br/
Atividades e oficinas são gratuitas e acontecem ao longo do mês. Foto: MCI
O mês de maio marca a estreia da nova exposição do Museu das Culturas Indígenas (MCI), intitulada Nhe’Ery - onde os espíritos se banham e com abertura marcada para 27/05. Ciclo formativo, encontros, exibição de documentário e lançamento de livro também fazem parte da programação de maio do MCI, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
As atividades celebram e reforçam a importância da Mata Atlântica, a museologia indígena e a vivência dos povos originários no Estado de São Paulo. Confira os destaques do mês:
Imersão e vivência na Mata Atlântica
A exposição imersiva Nhe’Ery - onde os espíritos se banham reproduz a atmosfera da Mata Atlântica e convida o público a participar de uma vivência sensorial, com elementos da mata que ativam os sentidos do tato, olfato, visão, audição e propriocepção (noção espacial). A expressão “Nhe’ery”, usada pelo povo Guarani para denominar a Mata Atlântica, também pode ser traduzida como “lugar onde as almas se banham”.
Com curadoria de Sonia Ara Mirim, Mestre de Saberes do Museu das Culturas Indígenas, a exposição reforça a importância da Mata Atlântica. “A ideia é mostrar como os povos indígenas vivem em sinergia com os seres que habitam a mata e mostrar que essa é a forma mais importante de regeneração: coexistir e não explorar”, afirma a curadora.
A mostra, que também traz dados e informações sobre preservação e meio ambiente, recebe o público a partir de 27/05. Serão realizados, ainda, dois encontros com representantes de povos indígenas que compartilharão conhecimentos, rezas, cantos, perspectivas de vida e os processos históricos da mata pela perspectiva indígena, em 27 e 28/05.
Formação de professores e Semana Nacional de Museus
Em 11 e 13/05, os Mestre de Saberes, educadores indígenas do MCI, realizam o ciclo formativo em temáticas indígenas. As atividades, destinadas a educadores e membros de instituições de ensino, oferecem oficinas que abordam, por exemplo, o uso de termos e referências comuns aos povos originários que ainda não são esclarecidos em espaços não-indígenas. A iniciativa vem no contexto da lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e da cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.
Os saberes dos povos originários associados à biodiversidade e ao diversificado patrimônio cultural serão abordados na programação do MCI para a 21ª Semana Nacional de Museus, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Com o tema Museologia indígena, sustentabilidade e bem-viver, o Museu realizará duas rodas de conversas, em 18/05, que debaterão o protagonismo na promoção da sustentabilidade e na divulgação das diversas formas de cultura e arte dos povos originários.
Encontros: vivência na cidade e na aldeia
Em celebração à Semana de Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica, o Museu das Culturas Indígenas promoverá um encontro durante uma caminhada no Parque da Água Branca, na Barra Funda, em 20/05. A atividade, conduzida pelos Mestre de Saberes, educadores indígenas, dialogará sobre a perspectiva indígena, a vivência na floresta em meio a cidade e possibilidades para as novas gerações.
Já em 21/05, como desdobramento do encontro no Parque da Água Branca, o público poderá conhecer e caminhar na aldeia Yvy Porã, no território do Jaraguá. A visita inicia-se com um encontro sobre o território indígena e o trabalho feito na aldeia e seguirá por uma trilha na mata. O transporte para o Jaraguá será fornecido pelo Museu.
Exibição de documentário e lançamento de livro
Em 20/05, o autor Ubiratã Gomes, a narradora do audiolivro Ythainá Dionisio Gomes, a revisora Débora Dionísio e o produtor Cris Teodósio Cesar lançarão o livro “Urutagwa - O guerreiro que virou pássaro”. A publicação conta uma das histórias que faz parte das tradições do povo Tupi-Guarani do litoral sul de São Paulo.
Tradições do povo Tupi-Guarani são contadas no novo livro de Ubiratã Gomes. Foto: divulgação
Produzido coletivamente pelos integrantes indígenas do MCI, o documentário Tava: o caminho da sabedoria e das belas palavras apresenta conhecimentos de diferentes etnias do Estado de São Paulo e a trajetória de conquista do Museu. Após a exibição, que acontecerá em 25/05, o público poderá conversar com os participantes da filmagem e o cineasta-orientador Guarani, Alberto Alvares.
SERVIÇO
Formação de Professores: Temáticas Indígenas na Educação
Datas e horários: 11/05, das 18h às 20h - inscrições abertas aqui: https://click.cse360.com.br/Click/AddCampaignEmailClick/d5c80cd6-b05f-4035-31d7-08db4b1cd071/https%253a%252f%252fwww.sympla.com.br%252fevento%252fformacao-de-professores-tematicas-indigenas-na-educacao%252f1968688/9ce6bef2-3900-40cd-fd16-08d7c5ff26d1//True
13/05, das 15h às 17h - inscrições abertas aqui: https://click.cse360.com.br/Click/AddCampaignEmailClick/d5c80cd6-b05f-4035-31d7-08db4b1cd071/https%253a%252f%252fwww.sympla.com.br%252fevento%252fformacao-de-professores-tematicas-indigenas-na-educacao%252f1968713/9ce6bef2-3900-40cd-fd16-08d7c5ff26d1//True
21ª Semana Nacional de Museus - Ibram
Museologia indígena, sustentabilidade e bem-viver
Roda de conversa 1: Os museus indígenas e as perspectivas do protagonismo dos povos originários na promoção da sustentabilidade planetária
Data: 18/05
Horário: das 10h às 12h
Roda de conversa 2: Museologia indígena, formas de existência e modos de pensar e agir
Data: 18/05
Horário: das 15h às 17h
Inscrições para as rodas de conversa abertas aqui: https://click.cse360.com.br/Click/AddCampaignEmailClick/d5c80cd6-b05f-4035-31d7-08db4b1cd071/https%253a%252f%252fwww.sympla.com.br%252fevento%252fmuseologia-indigena-sustentabilidade-e-bem-viver-21-semana-nacional-de-museus-ibram%252f1968755/9ce6bef2-3900-40cd-fd16-08d7c5ff26d1//True
Semana de Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica
Os povos da Mata Atlântica: diálogo com Mestres de Saberes durante caminhada no Parque da Água Branca
Data: 20/05
Horário: das 11h às 12h30 (chegada com 30min. de antecedência)
Local: Ponto de encontro na Casa do Cabloco no Parque da Água Branca - Av. Francisco Matarazzo, 455 - Água Branca, São Paulo - SP
Inscrições abertas aqui: https://click.cse360.com.br/Click/AddCampaignEmailClick/d5c80cd6-b05f-4035-31d7-08db4b1cd071/https%253a%252f%252fwww.sympla.com.br%252fevento%252fos-povos-da-mata-atlantica-dialogo-com-mestres-de-saberes-roda-de-conversa-caminhada-no-parque-da%252f1968789/9ce6bef2-3900-40cd-fd16-08d7c5ff26d1//True
Vivência e Trilha na Aldeia YVY Porã
Data: 21/05
Horário: das 10h às 13h
Transporte oferecido na sede do MCI
Lançamento do livro "Urutagwa - O guerreiro que virou pássaro" e roda de conversa com autor Ubiratã Gomes
Data: 20/05
Horário: das 15h às 17h
“Tava: O caminho da sabedoria e das belas palavras”. Exibição e conversa com realizadores e participação do cineasta Alberto Alvares
Data: 25/05
Horário: 16h às 18h
Abertura da Exposição “Nhe’ Ery - Onde os espíritos se banham”
Data: 27/05
Ciclo de Estudos Nhe’ery - Encontro os espíritos e as rezas de Nhe’Ery
Datas: 27 e 28/05
Horário: das 15h às 17h
Museu das Culturas Indígenas
Local: R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo/SP
Entrada: participação gratuita nas atividades.
Sobre o MCI
O Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) – Organização Social de Cultura – em parceria com o Instituto Maracá, associação sem fins lucrativos que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. O MCI apresenta uma proposta inovadora de gestão compartilhada a ser construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena. É em espaço de diálogo intercultural, pluralidade, encontros entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permitirá aos diversos povos originários compartilharem suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias. Uma conquista dos povos indígenas, ainda em processo de construção, neste território na cidade, aberto para que o público entre em contato com sua própria história, e com outras histórias do Brasil.
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