Sesc Bom Retiro recebe os espetáculos de Dança em Janeiro
Espetáculos e intervenções de Dança, aos domingos, às 14h e 16h respectivamente
O Sesc Bom Retiro realiza em janeiro programação diversa: na praça de convivência intervenções e espetáculos gratuitos de Dança, integram a programação aos domingos, em dois horários, às 14h, as intervenções, e às 16h os espetáculos, gratuitos e sem a necessidade de retirada de ingressos.
As apresentações enaltecem a cultura afro-brasileira e cultura africana com grupos e companhias de diferentes regiões brasileiras Jongo Mistura da Raça (SP), o coletivo Flor de Aroeira (MA), Grupo Teatro Popular Solano Trindade e Babado de Chita (SP). O grupo Teatro Popular Solano Trindade, fundado na década de 1970, período que o movimento negro no Brasil ganhou mais repercussão.
No primeiro domingo do mês, dia 8 de janeiro, o grupo de Jongo Mistura da Raça apresenta as intervenções Saber e Brincar o Jongo e Roda de Jongo. O grupo é uma comunidade reunida com a missão de manter vivo o Jongo, manifestação popular afro-brasileira tendo como base o Ponto de Cultura localizado no Jardim Coqueiros, zona leste de São José dos Campos (SP). O grupo é formado por: Luciana Carvalho e Adriana Cristina (Jovem Liderança Jongueira), Márcia Cunha (liderança do grupo e produtora) e Laudení de Souza (Mestre Jongueiro) e contará com três aprendizes na intervenção e seis no espetáculo: a intervenção Saber e brincar o jongo apresenta os elementos socioculturais da população afrobrasileira em relação ao Jongo envolvendo fundamentos, tradições, toques de tambor, pontos e danças cultivados pela comunidade em São José dos Campos (SP), às 14h. A Roda de Jongo, Mistura da Raça (São José dos Campos), envolve fundamentos, tradições, toques de tambor, pontos e danças cultivados pela comunidade em São José dos Campos/SP. O jongo, ou caxambu é um ritmo que teve suas origens na região africana do Congo-Angola. Chegou ao Brasil-Colônia com os negros de origem bantu escravizados e trazidos para o trabalho forçado nas fazendas de café do Vale do Rio Paraíba, no interior dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Mestre Laudení, sua família e os demais integrantes, formam uma roda, acompanhados de dois tambores: o Caxambu, o Candongueiro e o Mucoco (pedaço de pau percutido no corpo do tambor que marca o ritmo) e ali, da mesma forma que aprendera com seus antepassados, conta histórias e explicam sobre a tradição do Jongo, seus instrumentos, os motivos, a dança, os toques. Isso tudo ao som de pontos, que são versos cantados e que quase sempre, se utilizam de metáforas e a roda formada responde o coro. O Grupo de Jongo Mistura da Raça é uma comunidade reunida com a missão de manter vivo o Jongo, manifestação popular afro-brasileira tendo como base o Ponto de Cultura localizado no Jardim Coqueiros, zona leste de São José dos Campos (SP), às 16h.
O Coletivo Flor da Aroeira surgiu há 6 anos em meio a um encontro entre mestres da Capoeira Angola e do Tambor de Crioula nas terras paulistas. Em 2009, um grupo de pesquisadores, músicos e dançarinas amantes do tambor e da capoeira promoveram a reunião de dois bastiões dessas culturas: Mestre Xavier (Tambor de Crioula - MA) e Mestre Ananias (o mais antigo mestre vivo de Capoeira Angola e Samba de Roda - BA) em uma batida de tambor, quando Mestre Xavier doou a parelha (tambores) ao grupo e Mestre Ananias batizou-o com o nome Flor de Aroeira, o coletivo faz dupla apresentação no dia 15/1, às 14h, a intervenção de tambor de crioula Brincar de tambor de crioula convida o público a tomar contato com a tradição do tambor de crioula. O espetáculo Tambor de Crioula é um convite, um espaço aberto para compartilhar conjuntamente a música e a dança. Artistas e público unem-se e confundem-se para constituir a força da roda no ritmo da batida do tambor, do canto coletivo e da dança feminina, às 16h.
No dia 22/1, domingo, às 14h, Elis Trindade pedagoga da dança e diretora de movimento do grupo Teatro Popular Solano Trindade. Realiza trabalhosa sobre saúde mental para pessoas com deficiências por meio da dança em instituições como o CAPS, em Dançar o maracatu, Trindade se apresenta ao lado de Vitor da Trindade, traz o sotaque do ritmo deixado pela mestra Rainha Kambinda, às 14h. Ainda no dia 22/1, às 16h, o espetáculo Maracatu Nação Cambinda, com Teatro Popular Solano Trindade, apresentação do da dança maracatu, uma dança de origem banto e mostra a coroação dos reis e rainhas negras desde 1674. Surgiu e se desenvolveu ligado às irmandades negras do Rosário com forte componente religioso. Como as irmandades foram perdendo força, os maracatus passaram a fazer suas apresentações durante o Carnaval, principalmente em Recife (PE). O cortejo saía da senzala até o paço das igrejas, com os capoeiristas abrindo o caminho. Composto por Estandartes, Embamba, Feiticeiro, Primeiro-Ministro, Damas da Coroa, Damas das Flores, Princesas Africanas, Europeias, Baianas e a Dama do Passo. Como instrumentos, surdos, zabumbas, agogôs, cuícas e caixas.
A história do grupo começou em 1936, quando Solano fundou o Centro Cultural Afro-Brasileiro e a Frente Negra Pernambucana, uma extensão da Frente Negra Brasileira. E, em 1945, com Abdias Nascimento, criou o Comitê Democrático Afro-Brasileiro. O interesse de Solano pela cultura popular ia além da teoria: não se cansou de fundar grupos teatrais, buscando valorizar o afrodescendente e contribuindo para a autoestima do povo negro. Preocupava-se com o que chamava de folclore, com as danças populares, reforçando sempre a importância de pesquisar a cultura nas fontes de origem. O grupo, chamado de Teatro Popular Brasileiro, deu origem ao Teatro Popular Solano Trindade, que completou 40 anos em 2015. Fundado na cidade de Embu das Artes, ainda na década de 70, período que o movimento negro no Brasil ganhou mais repercussão, a iniciativa destaca-se como o principal grupo de teatro negro do país. O cortejo do Maracatu Nação Cambinda é levado hoje pela Rainha Elis Trindade, nora de Raquel Trindade, e por seu filho Vitor da Trindade, com outros músicos da família como Manuel Trindade, André Trindade, Maria Trindade. Dia 22/1, domingo, das 16h às 17h.
No último domingo do mês, dia 29/1, às 14h, o Jogo de corpo - Expressividade Lúdica Popular, Babado de Chita, tem como proposta conduzir os participantes a brincadeiras corporais dançadas e cantadas, inspiradas por elementos de algumas manifestações tradicionais do Brasil. O "jogo de corpo" surgirá livremente das possibilidades de encontro, com sonoridades de nossas manifestações tradicionais, com a infância, com a ludicidade manifesta na criança de cada um, com objetos cênicos como saias e tecidos que poderão ser uma extensão do movimento ou o elo afetivo-criativo entre quem dança e se expressa. A música ao vivo, característica determinante do trabalho do grupo, estará presente, provocando sensações e estimulando os participantes ao espírito da brincadeira coletiva. Às 16h, o espetáculo Pra Todo Mundo Dançar, também com a Companhia Babado de Chita, desfila pelo universo das manifestações populares do Brasil e convida o público a tomar parte da brincadeira interagindo com o elenco. Uma combinação da alegria e ludicidade presente nos "brinquedos" tradicionais, traz em seu repertório ritmos característicos das regiões brasileiras norte, nordeste e sudeste, aliando os mesmos à linguagem da expressão cênica popular através da dança, da música e da presença de bonecos. Ficha Técnica: Elenco: Haydée Kacman, Maria Pimentel, Pedro Ribeiro, Roberta Larizza, Gustavo de Lima Castro. Direção artística: Pedro Ribeiro.
Serviço
Intervenção
Saber e brincar o jongo com Jongo Mistura da Raça
Dia 8/1, domingo, às 14h
Praça de convivência. Grátis.
Intervenção
Roda de Jongo
Dia 8/1, domingo, às 16h.
Praça de convivência. Grátis.
Intervenção
Brincar de tambor de crioula com Coletivo Flor da Aroeira
Dia 15/1, domingo, 14h
Praça de convivência. Grátis.
Espetáculos
Tambor de Crioula com Coletivo Flor da Aroeira
Dia 15/1, domingo, às 16h.
Praça de convivência. Grátis.
Intervenção
Dançar o maracatu Com Elaine Trindade e Vitor da Trindade
Dia 22/1, domingo, às 14h
Praça de convivência. Grátis.
Intervenção
Maracatu Nação Cambinda com Teatro Popular Solano Trindade
Dia 22/1, às 16h
Praça de convivência. Grátis.
Intervenção
Jogo de corpo - Expressividade Lúdica Popular com Babado de Chita
Dia 29/1, domingo, 14h
Praça de convivência. Grátis.
Espetáculo
Pra Todo Mundo Dançar com a Companhia Babado de Chita
Dia 29/1, domingo, 16h
Praça de convivência. Grátis.
PROGRAMAÇÃO JANEIRO
O Sesc Bom Retiro realiza em janeiro outros espetáculos no Teatro: Música. INGRESSOS ESGOTADOS: O cantor Don L apresenta o show Roteiro para Ainouz Vol. 2, o espetáculo de RPA2 é uma celebração e traz versões propositivas de sonoridades contemporâneas como o rap, o funk, o trap e o drill, além de soul e MPB. Dias 6 e 7/1, sexta e sábado, das 20h às 21h. 10 anos. A banda Terno Rei apresenta o show de seu novo álbum "Gêmeos". Dia 8/1, domingo, das 18h às 19h30. 10 anos. VENDA EM JANEIRO. Intérprete de repertório vasto, a cantora, pianista e compositora Leila Pinheiro, se apresenta com o show Meus Compositores, a cantora vem tocando e cantando, em seus 41 anos de carreira. Dias 20 e 21/1, sexta e sábado, das 20h às 21h. 10 anos. O músico paulistano Douglas Germano apresenta o show Umas e outras. Dia 22/1, domingo, das 18h às 19h. 10 anos. O multi-instrumentista Hermeto Pascoal apresenta em palcos de todo o mundo com seu Grupo, a tradicional "Nave Mãe". Dias 27 e 28/1, sexta e sábado, das 20h às 21h30. 12 anos. A cantora e compositora Juçara Marçal apresenta canções de seu segundo disco solo, "Delta Estácio Blues". Dia 29/1, domingo, das 18h às 19h. 10 anos. Ingressos: R$40 (Inteira), R$20 (Meia) e R$12 (Credencial Plena). SHOW DA PRAÇA. Zeca Baleiro. Dia 26/1, quinta, das 21h às 22h30. Local: Praça de convivência. 18 anos. Ingresso: R$50 (Inteira), R$25 (Meia) e R$15 (Credencial Plena).
Teatro. INGRESSOS À VENDA. Epidemia Prata, com Cia Mungunzá de Teatro, traz uma costura entre duas linhas narrativas: a visão pessoal dos atores sobre os personagens reais que conheceram em sua residência artística na Cracolândia, e o Mito da Medusa, que transforma pessoas em estátuas. Partindo desse mote, no desenrolar da narrativa, o elenco vai, aos poucos, adquirindo a cor prata até estarem completamente prateados ao final do espetáculo. De 12 a 15/1. Sexta a sábado, 20h. Domingo, 18h. 16 anos. Ingresso: R$50 (Inteira), R$25 (Meia) e R$15 (Credencial Plena).
SESC BOM RETIRO
Alameda Nothmann, 185. Campos Elíseos, São Paulo - SP. CEP 01216-000. Tel.: (11) 3332-3600
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