Seminário vai trazer as perspectivas de investimentos em infraestrutura
O Brasil investe atualmente 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em infraestrutura de transportes, enquanto países de dimensões similares, como Estados Unidos e Rússia, investem 1 a 1,5% do PIB. A China investe estratosféricos 6% do PIB.
A densidade da malha rodoviária brasileira é de apenas 25 quilômetros por mil quilômetros quadrados de área em comparação com 438 por mil km2 dos Estados Unidos e 583 km por mil km2 da China. A densidade da malha ferroviária brasileira é ainda pior (3,5 km/mil km2) relativamente a da Índia (20,8 km/mil km2) e a dos Estados Unidos (29,9 km/mil km2).
Por sua vez, a malha rodoviária pavimentada é de apenas 213 mil quilômetros, representando 12% do total.
A estratégia do governo federal para superar os gargalos em infraestrutura de transportes tem sido buscar parcerias com o setor privado por meio de concessões públicas.
O ministro de Infraestrutura do Governo Federal, Marcelo Sampaio, vai abordar os desafios, as perspectivas e as oportunidades de investimentos em infraestrutura em sua palestra no Seminário de Infraestrutura, que integra a programação do Congresso Brasileiro do Concreto – Jubileu de Ouro, que acontece de 11 a 14 de outubro, em Brasília.
O ministro vai trazer a previsão na contratação de investimentos para os setores de transporte rodoviário, ferroviário, portuário e aeroportuário, além de investimentos em obras de saneamento e energia, para os próximos anos, dentro do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, hub de projetos a serem concedidos à iniciativa privada pelos diversos ministérios.
Sua perspectiva será confrontada pelas visões do presidente-executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e da Indústria de Base (Abdib), Venilton Tadini, pela presidente da Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicas de Água e Esgoto (ABCON), Tereza Vernaglia, pelo vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma, e pelo diretor de novas energias da WEG, João Paulo.
Viabilidade econômica do pavimento de concreto
Estudo feito pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em 2016 mostrou que o Brasil terá 25 mil quilômetros de rodovias que precisarão ser adequadas para modelagem de tráfego até 2045. Por sua vez, o DNIT planeja pavimentar nos próximos anos 47 mil quilômetros de rodovias.
Nos últimos anos, cada vez mais rodovias no país têm sido construídas com concreto, a exemplo da BR-101/NE, que será a maior do país em pavimentação rígida quando concluída – com extensão de 1000 quilômetros, ela ligará Natal a Salvador, com placas de concreto de 22 centímetros de espessura e de 4 a 5 metros de comprimento.
Para apresentar a viabilidade técnica e econômica do pavimento de concreto, o diretor de planejamento e pesquisa do DNIT, Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, vai apresentar casos comparativos de pavimento rígido e flexível na BR 135 MA, BR 080 DF e BR 158 MS, no Seminário de Infraestrutura.
A experiência com pavimento de concreto na América Latina será apresentada pelo diretor de pavimentos e infraestrutura da Federação Ibero-Americana de Concreto Dosado (FIHP), Diego Jaramillo Porto.
Agenda:
Dia: 12/10
Horário: 10:30 – 17:30
Local: CICB – Auditório 1
Para mais informações, acesse www.ibracon.org.br
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