Operação de M&A: startup de educação mineira é adquirida pelo Grupo Ser Educacional

O escritório Andrade Silva Advogados assessorou juridicamente a startup mineira de educação e tecnologia Beduka no processo de M&A, do inglês Mergers and Acquisitions – fusões e aquisições, com o grupo pernambucano Ser Educacional. Com a aquisição, o Grupo Ser acredita ter dado mais um importante passo em seu processo de crescimento no mercado educacional e de tecnologia.

No início de dezembro, o grupo pernambucano anunciou que iria investir R$ 150 milhões em educação digital em 2021. Como parte dessa ação, a primeira estratégia foi a compra da startup mineira, dona de uma plataforma online que reúne testes vocacionais e conteúdos para auxiliar os alunos durante o processo de escolha dos cursos e instituições de ensino superior.

“Visto o interesse do Grupo Ser em adquirir maior capilaridade no mercado educacional e diante da vontade dos fundadores da Beduka em venderem a integralidade de suas quotas da empresa, a operação de M&A avançou. Nós, os assessores jurídicos, colaboramos ativamente na defesa dos interesses de nosso cliente, mas sempre dando liberdade para que os protagonistas da operação (vendedores e compradores) pudessem negociar de forma direta e em bases jurídicas e financeiras sólidas. Em operações de M&A dois pontos devem estar presentes para que o negócio ocorra, são eles: timing e transparência”, afirma Lucas Moreira, coordenador da área Societária, Mercado de Capitais e M&A no escritório Andrade Silva Advogados e coordenador da equipe de assessoria jurídica contratada pela Beduka.

Constituída há menos de cinco anos, a startup mineira adquiriu notoriedade no mercado educacional brasileiro nos últimos anos a partir do exponencial crescimento do número de usuários/clientes fidelizados pela Plataforma. Neste sentido, o advogado comentou sobre os valores da Beduka e sobre o tipo de negociação realizada pelos envolvidos na operação de M&A. “Eu não posso expor os números da transação, porém terei prazer em destacar o valor entregue pela Beduka ao Grupo Ser. Primeiramente, destaco a capacidade técnica e de superação dos fundadores da startup, o Wilian Valadão e o Julian superaram muitos obstáculos para garantir a solidez e os valores da empresa. Empreender no Brasil é mais complicado do que em qualquer outro lugar do mundo, pois temos uma elevada carga tributária e temos um complexo, e muitas vezes inseguro, sistema jurídico. Assim, o primeiro e grande valor presente na Beduka, e que está em seu DNA, é a cultura organizacional. No final do dia, são as pessoas, o time, que garantem o sucesso do negócio. Em segundo lugar, destaco o alto valor intangível da propriedade intelectual da empresa, o mercado de tecnologia no Brasil está cada vez mais agressivo e exige das startups uma elevada performance no processo de aperfeiçoamento e transformação dos softwares. Logo, a eficiência operacional da Beduka é muito clara. Por fim, mas não menos importante, destaco o esforço e talento dos fundadores, pois para uma startup, o desafio de conquistar tração e aderência no mercado, o chamado Product Market Fit, é ainda maior. Logo, sabendo que a Beduka conta com mais de um milhão de acessos semanais, só posso resumir a transação entre a BeduKa e o Grupo Ser de uma forma: foi uma negociação do tipo "ganha-ganha", acrescenta Lucas Moreira.

Além de ser o primeiro passo para o investimento em educação digital, a Ser Educacional planeja integrar a Beduka ao ecossistema digital de ofertas educacionais, que está em desenvolvimento.