CVG-SP debate o seguro de pessoas na visão dos corretores
Profissionais falam como está o mercado e como atuar no ramo de vida
Em evento realizado na última terça-feira (23), no auditório do SindsegSP, o Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP) recebeu corretores de seguros para debater sobre o seguro de pessoas, na presença de executivos de seguradoras, autoridades e profissionais do mercado segurador paulistano.
O presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, conta que esse evento nasceu para que os corretores contassem qual sua visão do mercado e como atuar no ramo. “A ideia inicial foi chamar os corretores para contar para as seguradoras qual a sua visão do mercado, para se preparar e se estruturar para o presente e o futuro. Se olharmos, em 10 anos, os números de seguros de pessoas aumentaram assustadoramente, e ainda crescem”.
Para Diniz Nunes Caetano, da CB Seguros, é um desafio constante falar sobre vida em grupo, “pois teve desenvolvimento forte na década de 70, onde o mundo era outro e se falava mais facilmente com as seguradoras, e tinham um profissional direcionado ao ramo. O vida em grupo deu um salto muito grande e nesse espaço de tempo foi perceptível a unificação do comercial das seguradoras e paralelamente a isso tivemos uma mudança significativa de mercado, principalmente nos últimos 20 anos”. E completa dizendo: “hoje temos a questão de compliance e a administrativa. É importante que as seguradoras invistam no vida, pois conversar tecnicamente sobre o ramo com alguém que não conheça é complicado. Como vamos atingir grande público brasileiro de baixa renda, com ticket baixo, se não tivermos alguém que o faça? Entendo que é preciso investimento direcionado das seguradoras e ter foco no segmento”.
Seguro individual
Sobre angariações de seguro de vida individual, César Carloni, do Segasp, disse que no passado havia muitas seguradoras pedindo para atender essa demanda, o que não acontece atualmente. “Isso é um desafio que nós corretores passamos no dia a dia, às vezes temos demanda e não encontramos corpo técnico à disposição nas seguradoras, de ir para o novo, querendo esse nicho. O que vemos é seguradoras se debatendo por taxas no processo de rouba montes. Porém, temos que nos aprofundar nas determinações porque há pessoas que precisam de seguros e não conseguem. O ramo de vida está crescendo mas poderia crescer muito mais”. Carloni comenta também que “esse é o grande momento da volta do seguro individual, ter sua relação direta com a seguradora”.
Em relação a produtos novos, a regulamentação do Universal Life e a unificação do segmento, Ricardo Tarantello, da Univalores, expõe que há muito a ser conquistado no mercado de seguros, segundo levantamento realizado pela Universidade de Oxford. “Essa pesquisa mostra que 19% dos brasileiros têm seguro de vida, contra 32% da média global, desses 19%, 90% tem apólices insuficientes. E também 56% dos brasileiros tem desejo de ter seguro de vida, o que falta para ele é o acesso, o profissional, a pessoa que irá motivá-lo, pois tudo o que nos leva a ter é o racional, mas a decisão é emocional, então é necessário ter a responsabilidade de olhar para o cliente e fazê-lo entender sua importância financeira para a família. É importante trazer esse profissionais para entender que há algo diferente do que seguro de carro. Acredito que esse mercado pode dobrar em 10 anos e ocupar um espaço significativo”.
Tarantello também diz que o fenômeno da longevidade traz a oportunidade de criar produtos de longos prazos. “Porque as pessoas precisarão acumular em longo prazo. Hoje temos perto de 25 milhões de brasileiros com mais de 65 anos de idade. O que causa as grandes oportunidades, com apólices que nós ainda não exploramos. Esse mercado, eu acredito, que irá movimentar pelo menos R$ 20 bilhões de prêmio anual, em 10 anos, que vai gerar em média de R$ 3 bilhões de comissão, e isso somente irá acontecer se nós corretores nos unirmos em captação profissional, se cobrarmos das seguradoras o desenvolvimento de novos produtos, temos que fazer parte da criação de novas soluções, e isso é o que fará realmente o mercado crescer”.
Para Josusmar Sousa, da Mister Liber, as seguradoras estão despertando em relação ao vida individual, o que já foi demonstrado no relatório da Susep com o crescimento do ramo. Porém, ele ressalta que o que falta hoje é uma espécie de educação para o corretor de seguros. “O seguro de vida não irá despertar de hoje para amanhã, o surto do segmento será em 2040. Temos hoje 125 milhões de brasileiros que não têm seguro de vida. O foco da minha empresa é vida individual e conto com grandes seguradoras para treinamento dos corretor. Hoje para o nosso segmento a crise não bateu, vejo perspectivas de muito sucesso, pois o seguro de vida hoje é essencial e quando o corretor entende isso, tudo se torna mais fácil”.
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