Antecipação do FGTS inativo. Será que vale a pena?
- Por Sandro Costa Mattos*
O calendário de saques do FGTS inativo já foi divulgado e muitas instituições financeiras lançaram linha de crédito para que os brasileiros possam antecipar este valor, assim como já fazem com o 13º salário e com a restituição do Imposto de Renda. O negócio funciona da seguinte forma: o banco vê o valor que o trabalhador terá direito a sacar e o antecipa, cobrando juros.
Se você está pensando em usar essa linha de crédito, mas está com dúvidas, veja:
Vale a pena se:
• O recurso for utilizado para pagar algo de extrema urgência (como uma cirurgia ou tratamento de saúde emergencial), para o qual seria necessário buscar recursos externos, usando o limite de cheque especial, por exemplo;
• O recurso for utilizado para pagar dívidas em atraso em que há cobrança altíssima de juros, como o limite do cheque especial e rotativo do cartão de crédito. Entretanto, essa ação deve fazer parte de um planejamento para sair da inadimplência de forma definitiva, que inclua a educação financeira.
Não vale a pena se:
• A pessoa deseja usar o valor para realizar um de seus sonhos, afinal irá pagar juros quando poderia esperar, sacar a quantia total e obter descontos pagando à vista;
• A negociação da dívida em aberto resultou em taxas menores das que as instituições financeiras estão cobrando pelo adiantamento. Pode ser que um empréstimo consignado ofereça taxas melhores, portanto, pesquise antes. Agindo com parcimônia e de forma planejada, é mais fácil tomar decisões assertivas.
Muito embora esse dinheiro chegue em boa hora, ajudando grande parte dos brasileiros, é de extrema importância que cada pessoa reavalie o seu comportamento financeiro. Afinal, se não combater a causa, em pouco tempo os problemas ressurgem.
Observe que essa injeção de recursos funciona como um medicamento e não como uma vacina. Quando uma pessoa está doente e toma um remédio, fica curada. Mas, se não se cuidar, muito provavelmente, cedo ou tarde, ficará doente novamente. Como lembra o ditado, “é melhor prevenir do que remediar”.
Portanto, o segredo está em mudar o comportamento e não apenas usar essa renda extra tão importante apenas como um meio para resolver problemas de forma temporária.
Sandro Costa Mattos
Educador Financeiro da DSOP Educação Financeira
Sandro da Costa Mattos é Pós-Graduado com MBA em Administração de Finanças e Banking pela UNIP, Graduado em Ciências Biológicas pela Unicapital, Técnico Contábil (ensino médio), Educador Financeiro formado pela DSOP e associado à Abefin – Associação Brasileira de Educadores Financeiros.
Tem 25 anos de experiência no setor financeiro de empresas, especialmente nas áreas de tesouraria, contas a pagar, contas a receber e crédito.
Há 08 anos atua como gestor financeiro em empresas de pequeno e médio portes e desde 2012 é Coordenador Financeiro do Grupo Glória Mundi de Alimentação Corporativa, com unidades espalhadas por todo o Brasil.
Realiza palestras, workshops, treinamentos e atendimentos individuais e familiares sobre educação financeira.
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