Quem você contrataria?
E você? Já se imaginou tomando algum caminho diferente do que o planejado em sua carreira? E se isso acontecer? E se nossa vida linearmente calculada simplesmente não acontecer? Estaremos prontos para lidar com ela?
Recentemente uma amiga me contou sobre o árduo caminho que teve para graduar-se na universidade em um curso que sempre desejou. Isto fez com que ela adquirisse características marcantes que fizeram com que alcançasse um emprego bem bacana. Mesmo assim, preocupada por considerar-se em sua zona de conforto, optou por correr atrás de algo maior na vida, tendo que abrir mão de muitas coisas, inclusive, de seus recursos monetários. Ainda que em alguns dias tenha que “vender o almoço para comprar a janta”, ela considera-se muito mais feliz hoje, grande parte por ter encontrado em meio aos caminhos tortuosos que a vida lhe deu, uma história para contar, muito a se fazer e planejar e uma vida para viver.
Há pessoas que são o que são por causa das adversidades que lhes são impostas. Afinal, se tudo sempre deu certo em sua vida, como saberá lidar com situações de conflito? Eu mesma sempre tive minha vida estrategicamente desenhada, veja bem, desenhada, mas o cotidiano me trouxe questões que nem sempre soube lidar...e que inúmeras vezes tive que aprender...e não foi fácil. São as situações tortas que nos fazem crescer, nas piores circunstâncias encontramos a paixão e a força de vontade dentro de nós para lutar contra os obstáculos.
Quem poderia dizer que um menino abandonado pelos pais e que largou a faculdade poderia tornar-se Steve Jobs? Ou então saber que um rapaz chamado John Nash com problemas graves de esquizofrenia ganharia o Nobel de economia de 1994 por suas incríveis descobertas? Um simples professor de inglês, Carlos Wizard, construiria um império voltado à educação no Brasil? Grandes líderes, empreendedores e intelectuais passaram por condições difíceis antes de serem o que são.
Quem você contrataria? Quem você escolheria se pudesse? No brilhante TED Talks, um dos melhores que já assisti, Regina Hartley, diretora de recursos humanos de renomadas empresas nos Estados Unidos, retrata a diferença entre pessoas, vivências e o que há por trás das experiências de cada uma delas.
Se você nasceu ser um “scrapper” ao invés de uma “silver sppon” não parece ser tão ruim assim não é mesmo?
*Mariana Zuliani é professora de Cálculo e Física dos cursos de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.
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