Apenas um em cada cinco bancos e seguradoras acredita ser capaz de detectar uma violação de segurança cibernética
Futuras regulamentações europeias aumentarão a transparência com clientes em relação a ataques recebidos e eventuais exposições de dados
Os bancos e as seguradoras têm um nível significativamente elevado de confiança dos consumidores em relação à segurança cibernética de seus sistemas (83%) do que qualquer outro setor (com 28% no caso de empresas de comércio eletrônico e 13% em relação às de telecomunicações e varejo). No entanto, o setor de serviços financeiros não partilha do mesmo sentimento. Apenas um em cada cinco executivos bancários (21%) está altamente confiante de sua capacidade de detectar uma violação – mas nem todos saberão se defender dela. Esta é a constatação de um estudo publicado pela Capgemini, intitulado ‘The Currency of Trust: Why Banks and Insurers Must Make Customer Data Safer and More Secure’.
"Os bancos estão evoluindo suas capacidades para combater a ameaça sofisticada que os cibercriminosos representam, mas a compreensão pública das ameaças e desafios permanece baixa", explica Maliha Rashid, líder de Cibersegurança da Capgemini.
O estudo conduzido com 7,6 mil consumidores e mais de 180 profissionais de privacidade e segurança de dados de bancos e de seguradoras de oito países (Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Reino Unido e Suécia) destaca o nível de confiança creditada aos bancos pelos clientes.
Consumidores veem confiança nos bancos e seguradoras como vital
A maioria dos consumidores considera a privacidade e a segurança de dados como um fator extremamente importante na escolha de seu banco (65%). A lacuna entre a percepção dos consumidores e a realidade talvez possa ser explicada pelo fato de que, apesar de uma em cada quatro instituições financeiras já ter sido vítima de ataque, apenas 3% dos correntistas sabem que seu próprio banco foi violado.
Instituições de serviços financeiros são desafiadas a proteger dados
Enquanto as instituições financeiras, especialmente os bancos, estão investindo uma quantia surpreendente de dinheiro para assegurar seus sistemas, o número e a frequência de violações de dados ainda está subindo. A natureza evolutiva da ameaça e a falta de clareza entre os líderes talvez explique porque, apesar dos altos níveis de investimento, 71% das organizações não têm uma estratégia de segurança equilibrada e nem práticas consolidadas de privacidade de dados.
Nova regulamentação europeia deve aumentar sensibilização do público sobre eventuais violações
O Regulamento Geral de Proteção de Dados (da sigla em inglês GDPR - General Data Protection Regulation), legislação europeia que entrará em vigor em maio de 2018, forçará as organizações a divulgarem violações de dados dentro de 72 horas - ou sofrerão penalidades. Embora seja uma lei relativa à União Europeia, ela se aplicará a qualquer empresa que detenha dados sobre um cidadão europeu ou que opere neste mercado, o que também deverá afetar bancos e seguradoras de outros países. Embora o cumprimento seja mandatória e falte pouco mais de um ano para seu lançamento, entre os executivos pesquisados, apenas um terço (32%) respondeu que sua organização tenha feito os avanços para a implementação das diretrizes iniciais.
Caso a confiança nas instituições financeiras seja abalada, os consumidores a deixarão
Embora muitos confiem nos bancos e seguradoras quanto à segurança dos seus dados, uma vez que essa confiança for quebrada, correntistas e segurados estarão suscetíveis a agir. Três quartos dos consumidores (74%) mudariam de instituição em caso de violação de dados. Entre aqueles que permaneceriam com seu banco ou seguradora caso suas informações fossem comprometidas, mais de um quarto passaria a ser mais cauteloso sobre investimentos adicionais.
"Quando a nova regulamentação estiver vigente as respectivas violações divulgadas, muitas pessoas ficarão surpresas. Será uma excelente oportunidade para a transformação de negócios de bancos e seguradoras, permitindo que se tornem verdadeiras fortalezas digitais”, afirma Zhiwei Jiang, líder global de serviços financeiros, Insights e Dados da Capgemini.
Metodologia de Pesquisa
A Capgemini realizou uma pesquisa com 7,6 mil consumidores na Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Reino Unido e Suécia, que compartilharam suas visões sobre privacidade e segurança de dados no setor de serviços financeiros. Além disso, a Capgemini conversou com 183 profissionais sêniores de privacidade e segurança de dados na Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Índia e Reino Unido, representando bancos e empresas de seguros, cada uma com receitas globais superiores a US$ 500 milhões, para entender sua abordagem de cibersegurança e uso dos dados. Ao todo, 40% das organizações entrevistadas têm receita acima de US$ 10 bilhões.
Uma cópia do relatório pode ser baixada aqui.
Sobre a Capgemini
Com mais de 180 mil profissionais em mais de 40 países, a Capgemini é um líder global de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização. Em 2015, o Grupo reportou uma receita global de 11,9 bilhões de euros. Em conjunto com seus clientes, a Capgemini cria e entrega soluções de negócios, de tecnologia e digitais que atendem às suas necessidades, permitindo que conquistem inovação e competitividade. Como uma empresa essencialmente multicultural, a Capgemini desenvolveu seu modo próprio de trabalhar, o Collaborative Business ExperienceTM, com base no Rightshore®, seu modelo de entrega mundial.
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