Transporte de cargas rodoviário sofre com falta de investimentos e violência no trânsito
O transporte rodoviário é responsável hoje por mais de 90% de todas as cargas transportadas no país. Apesar desse modal estar muito à frente dos demais, o segmento sofre com a falta de investimentos e a violência, o que impacta diretamente o setor de seguros.
O baixo investimento em infraestrutura prejudica a manutenção e a fiscalização das estradas. Segundo um estudo recente da consultoria Pezco Microanalysis, o país aportou apenas 1,5% do PIB em melhorias, o menor volume já registrado. Isso significa que pelo menos R$ 96 bilhões deixaram de ser investidos em diversas áreas, incluindo Transportes.
Dessa forma, passou a ser comum vermos estradas esburacadas, mal sinalizadas e sem fiscalização. Nas estradas estaduais do Rio de Janeiro, por exemplo, não há qualquer balança em funcionamento, segundo admite o próprio Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). A título de comparação, em São Paulo, estado que possui uma área cinco vezes maior, existem 186 postos de controle.
Como resultado, caminhões com excesso de peso causam prejuízos às estradas e colocam a segurança em risco de milhares de motoristas todos os dias. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), somente no ano passado foram autuados 76,2 mil veículos com excesso de peso. Não à toa, mais de 44 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência de acidentes nas estradas do país.
“Essas questões impactam muito o setor de seguros. Para se ter uma ideia, a sinistralidade do mercado em Transportes foi de aproximadamente 67%. É um índice muito alto, que representa o quanto precisamos investir não apenas melhorar as condições de nossas estradas, mas também trabalhar para diminuir a violência no trânsito”, afirma Ivor Moreno, gerente de Transportes da Argo Seguros.
Esse abandono das estradas não se restringe apenas a fiscalização. Recentemente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um estudo revelando que a indústria brasileira de transformação gasta cerca de R$ 130 bilhões com segurança privada e com perdas decorrentes de roubo de cargas e vandalismo. Ainda segundo esse levantamento, os custos com crimes violentos aumentaram nos últimos anos, graças principalmente à crise econômica. Entre 2010 e 2015, o número de ocorrências cresceu 64%.
Para tentar diminuir os prejuízos, empresas e seguradoras passaram a adotar uma série de medidas de segurança como viagens em comboios, instalação de rastreadores, a contratação de escoltas armadas, e a colocação de iscas nas cargas. “Todos esses mecanismos de prevenção e de gerenciamento de risco são importantes, mas se tornam mais eficientes quanto traçamos uma estratégia personalizada para cada cliente. Talvez por isso, a sinistralidade da Argo Seguros até novembro de 2016 foi de 50%, uma das menores entre as principais companhias do país”, revela o executivo.
Por fim, de acordo com levantamento do Fórum Econômico Mundial, das 138 economias avaliadas, desde 2006 a brasileira está entre as 25 piores colocadas no indicador de “custos com violência”. Em 2015, o Brasil ficou atrás de países como Haiti, República Dominicana e Argentina.
“Esse ano é possível que esse quadro comece a mudar, não apenas com a provável estabilização da economia, mas também com algumas mudanças regulatórias, como as que tratam de novos leilões e concessões”, avalia Ivor.
Sobre a Argo Seguros
A Argo Seguros é uma companhia especializada em seguros de Transportes, Riscos Patrimoniais, Responsabilidade Civil Geral e Profissional. Através da sua plataforma digital Protector - www.argo-protector.com.br – oferece também proteção para corretores de seguros e imóveis, médicos, dentistas, advogados, engenheiros, entre outros.
Com classificação "A" (excelente) pela A.M Best e "A-" (forte) pela Standard and Poors (S&P), oferece produtos e serviços de alta qualidade, desenvolvidos especialmente para atender as necessidades dos seus segurados. A companhia faz parte do Argo Group Internacional, que possui mais de 60 anos de experiência na cobertura de exposição e risco, com atuação em 134 países.
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