A longa trajetória até a dominação do trânsito pelos carros autônomos
Há muita gente ansiosa pelo início da comercialização dos carros autônomos, que têm o potencial de tornar o trânsito mais seguro e fluido e as viagens mais rápidas e confortáveis. Mas, apesar de um cenário que se apresenta cada vez mais promissor em relação à tecnologia, ainda há uma grande tragetório a ser percorrida até ela estar totalmente operacionalizada.
Estudo realizado pela Governor’s Highway Safety Association, nos EUA, afirma que antes dos carros autônomos dominarem completamente o trânsito, ainda viveremos um período de pelo menos uma geração em que motoristas de carne e osso dividirão as ruas com motoristas robôs, sendo preciso pensar em soluções para evitar acidentes ou confrontos entre ambas as frentes. “Conforme condutores humanos vão começando a compartilhar as vias com veículos autônomos de diferentes níveis, os estados deverão precisar se manter informados, pacientes e flexíveis”, acredita Jonathan Adkins, diretor da organização.
Outra diretriz apontada no estudo como responsabilidade do Estado é a de não se apressar para aprovar leis relacionadas aos carros autônomos, sendo necessário um período de maturação para se encontrar a melhor forma de lidar com ocorrências envolvendo a tecnologia.
Além disso, algumas questões éticas também precisam ser definidas para estabelecerem prioridades para minimizar danos diante de incidentes inevitáveis, se os ocupantes do próprio carro, de outro veículo ou pedestres forem os atingidos.
Outro risco inerente a esses veículos é o de ataques por hackers, que poderiam travar as portas e assumir o controde da direção. Risco, inclusive, que já correm os veículos semi-autônomos que já estão em circulação, o que levou uma seguradora no Reino Unido a já oferecer seguro de automóvel com cobertura para ataques de hackers.
A eventual desconfiança das pessoas em relação aos veículos autônomos também pode ser outro fator complicador. “A tecnologia do carro autônomo já está no ponto: podemos fazer um automóvel circular por uma estrada sem necessidade de um motorista. Mas o que não está pronta é sua incorporação à sociedade, e temos que ser muito cuidadosos ao fazê-lo para não provocar rejeição”, disse Melissa Cefkin, ex-cientista da NASA e, hoje, uma das principais responsáveis pela área de inteligência artificial do centro de pesquisa de condução autônoma da Nissan no Vale do Silício (Califórnia), em entrevista concedida no último Consumer Electronics Show, em Las Vegas.
Estudo da Deloitte envolvendo 22 mil consumidores de 17 países confirma que ainda há um alto grau de desconfiança em relação a esses veículos, sendo de 81% na Coréia do Sul, 79% no Japão, 72% na Alemanha e 74% nos Estados Unidos. Entretanto, 68% dos norte-americanos se disseram dispotos a mudar de opinião caso os registros comprovem a segurança da tecnologia.
Felizmente, nenhum desses problemas postos é incontornável, sendo passíveis de serem resolvidos a tempo de os motoristas de hoje poderem desfrutar desses veículos. Mas quando essa época chegar, provavelmente já estaremos próximos do momento de comercialização dos veículos pessoais voadores, quando precisaremos repensar todo o processo de locomoção novamente.
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