Na concepção das empresas, menos de 30% dos empresários consideram contratar seguros
Os empresários brasileiros reconhecem o seguro como uma forma de valorização do funcionário (88,2%) e de tranquilidade (83,6%). No entanto, apenas 26,7% dos entrevistados consideram a contratação de seguros na concepção da empresa. Esses resultados fazem parte da pesquisa "Caminhos para Ampliação da Penetração de Seguros no Segmento PME", divulgada nesta quarta-feira, 29, em um webinar da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), que reuniu 300 participantes. O estudo revelou que, no momento do planejamento, a principal providência tomada pelos empresários é a contratação de um contador (65%), seguida pela análise de custos (64%).
O encontro contou com a participação de Paula Gesta, gerente de Produtos e Inteligência de Mercado na Capemisa Seguradora e líder do Grupo de Trabalho PME da Comissão de Inteligência de Mercado da CNseg; Dênis Pedro Nunes, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Gestão do Conhecimento do Sebrae Nacional; e Daniela Benetti, sócia-fundadora da Maena Inteligência Analítica e professora na Live University.
O estudo foi dividido em três fases e realizado pela CNseg, através da Comissão de Inteligência de Mercado, em parceria com a Maena Inteligência Analítica. A pesquisa investigou a relação dos micros e pequenos empreendedores (MPEs) e corretores com os seguros voltados para esse segmento, responsável por cerca de 30% da produção de riqueza do país. Na última fase, foram entrevistados 86 micros e pequenos empreendedores e 156 corretores de seguros em duas etapas: qualitativa, com entrevistas em profundidade, e quantitativa, por meio de formulários online.
A pesquisa identificou que a baixa percepção de risco e as limitações econômicas são os principais fatores que restringem a contratação de seguros, superando o desconhecimento sobre os produtos disponíveis. Para 42% dos empresários, ter dinheiro para cumprir os compromissos financeiros é uma preocupação, enquanto 30,2% consideram a inadimplência um fator relevante.
Também foi constatado que microempresas e empresas de pequeno porte demonstram maior adesão a seguros do que os microempreendedores individuais (MEIs). Entre as empresas que contrataram seguro no ano de abertura do CNPJ, o seguro Transporte lidera (65%), seguido pela Previdência Empresarial (61,5%), Automóvel (58,1%) e produtos contra Riscos Financeiros (55%). Já entre as empresas que contrataram seguros até três anos após o início das atividades, o seguro Cibernético foi o mais procurado (75%).
Mesmo não liderando as contratações, o seguro Automóvel para frota empresarial e o seguro de Vida foram os mais citados pelos empresários quando questionados sobre o conhecimento dos produtos disponíveis, com 54,7% e 46,5%, respectivamente.
Daniela Benetti destacou que o principal gatilho para a contratação de um seguro é, muitas vezes, a experiência prévia do empresário com uma ocorrência. "Os corretores priorizam entender o negócio do empresário e apresentam coberturas que supram todas as necessidades do empreendimento, não apenas o que o empresário está buscando", explicou.
A primeira fase do estudo, realizada em 2019, mapeou as características do segmento de micro e pequenas empresas (MPEs) no Brasil com base em dados do Sebrae. Foram detalhados os perfis das MPEs, abrangendo microempreendedores individuais (MEIs), microempresários (MEs) e empresários de pequeno porte (EPPs), além da distribuição geográfica, setores predominantes, taxa de sobrevivência e desafios na gestão dos negócios.
Dados do Sebrae, coletados em 23 de janeiro deste ano, mostram que as MPEs representam mais de 95% do total de empresas formais do país. Entre os Microempreendedores Individuais (MEIs), dos 11 milhões de CNPJs existentes, 54% estão no setor de serviços, proporção um pouco maior do que entre as MPEs (50%). No setor do comércio, as MPEs têm uma participação maior (35%) em relação aos MEIs (27%).
Dênis Pedro Nunes destacou que as MPEs são essenciais em tempos de crise, pois funcionam como um "colchão de amortecimento" ao segurar o emprego. "O fomento das MPEs é uma medida estratégica para conter os efeitos de uma crise econômica", afirmou. Segundo o Sebrae, esse modelo de negócio é responsável por 42,4% da massa salarial do país, ou seja, a cada R$ 100 pagos em salários, R$ 42 são destinados a trabalhadores das MPEs.
A segunda fase da pesquisa, realizada em 2021, focou no mapeamento dos produtos de seguros oferecidos para micro e pequenas empresas e na visão das seguradoras sobre essas ofertas. Paula Gesta destacou que 90% das seguradoras atuam no mercado voltado para as MPEs. Apesar dessa expressiva presença, a executiva ressaltou o desafio de promover a conscientização dos empresários sobre as soluções de seguros disponíveis.
A CNseg enxerga na pesquisa uma oportunidade de ajustar as ofertas de seguros, tornando-as mais acessíveis e alinhadas às reais necessidades das MPEs. Segundo a entidade, fortalecer o diálogo entre seguradoras, corretores e empresários é essencial para desenvolver soluções que não apenas protejam os negócios, mas também contribuam para o crescimento sustentável da economia brasileira.
Assista ao webinar ‘Caminhos para a Ampliação da Participação de Seguros no Segmento PME’
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