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Governo, Sistema Financeiro e Indústria do Seguro: A Reação à Ação de Nikolas e o Impacto no Brasil (Destaque)

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Armando Luís Francisco
  • SEGS.com.br - Categoria: Seguros
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Armando Luís Francisco Armando Luís Francisco

Na última quarta-feira, um vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira gerou uma repercussão extraordinária. Com mais de 300 milhões de visualizações, o conteúdo viralizou de maneira impressionante, atingindo um número superior à população brasileira, estimada em 215 milhões de pessoas. O impacto foi imediato e, em poucas horas, resultou na decisão do Governo Federal de retirar uma medida polêmica que havia gerado forte insatisfação popular. O que aconteceu, afinal, e quais os reflexos desse episódio para o sistema financeiro e o mercado de seguros no Brasil?

O governo não estava, aparentemente, ciente dos riscos que a medida poderia trazer. Em economia é imprevisibilidade e como vertente surge o pensamento de incompetência de direção. Caso a medida não fosse revogada, a possibilidade de saques em massa poderia desestabilizar completamente o sistema financeiro nacional. Com uma economia já fragilizada, os reflexos dessa crise poderiam envolver toda a engrenagem financeira do país, afetando gravemente o cotidiano de milhões de brasileiros. A indústria do seguro, que responderá por cerca de 10% do PIB brasileiro, também demonstrou apreensão diante dessa incerteza, temendo um colapso financeiro de proporções devastadoras.

Entretanto, essa decisão não pode ser encarada com alguma alegria nem com as lágrimas da tristeza pelos especialistas do setor. A sobriedade é essencial neste momento de instabilidade, em que cada movimento do governo precisa ser avaliado com cautela. O que realmente faltou, tanto no governo quanto nos discursos que circularam sobre o caso, foi uma comunicação mais eficaz e, principalmente, uma abordagem diplomática sensível às necessidades urgentes da população.

A diplomacia, nesse contexto, pode ser entendida como a capacidade de lidar com as relações de forma objetiva, com o intuito de manter um diálogo aberto e construtivo entre as partes envolvidas. Isso vale para o seguro, especialmente os corretores de seguros. Ao contrário disso, os radicais, seja em suas palavras ou em seus atos, raramente demonstram essa habilidade. O silêncio, da mesma forma, não pode ser interpretado como uma estratégia eficaz. E, em última instância, a comunicação sem conteúdo nem objetivos claros também é infrutífera.

Nesse ponto, o nome de Sidônio Palmeira surge como um exemplo de quem, no segundo tempo, tenta amenizar uma tempestade política e econômica. No entanto, se os esforços de comunicação e readequação do governo falharem, o que se pode esperar é uma situação sem alternativas, onde sequer haverá "prorrogação" para corrigir os erros.

Por outro lado, o comportamento de Nikolas, com um simples vídeo gravado em um celular e sem recursos financeiros significativos, deixou uma lição clara: a força das redes sociais é capaz de desestabilizar até mesmo o aparato mais sólido de um governo com a mídia e os investimentos tradicionais. Ao tocar em um tema tão sensível quanto a vigilância sobre seus gastos, especialmente dos mais pobres, o deputado conseguiu mobilizar uma enorme massa de pessoas contrárias à medida. A mensagem foi clara: o governo estava tentando mais do que deveria, ao ponto de se tornar (soar) uma ameaça à liberdade individual e aos direitos financeiros da população.

Esse tipo de dinâmica, que envolve a manipulação das emoções e das percepções públicas, é observado em diferentes esferas, incluindo em eventos como o reality show "Beast Games", no qual os participantes são incentivados a trair seus colegas em troca de grandes quantias de dinheiro. A reflexão aqui não é apenas sobre o jogo em si, mas sobre como, em muitos casos, a busca por poder e dinheiro pode fazer com que as pessoas abdiquem de qualquer princípio ético, com a prioridade sendo sempre a conquista daquilo que desejam. Quando a população percebe que os interesses do governo se alinham mais com essa lógica de "tudo por poder contra a Liberdade", a reação tende a ser de resistência.

Em relação ao futuro político do Brasil, é importante lembrar que, em 2026, a disputa presidencial provavelmente terá apenas dois principais candidatos: Jair Bolsonaro (inelegível, por agora) e Luiz Inácio Lula da Silva (ex-inelegível). Ambos, embora com trajetórias diferentes, simbolizam o poder político em sua forma mais pragmática. Bolsonaro, por exemplo, conquistou a presidência em 2018 com uma estratégia de comunicação eficaz, utilizando-se de ferramentas digitais para contornar a falta de recursos tradicionais de mídia. Quase conseguiu a reeleição em 2022, mesmo enfrentando desafios enormes. Já Lula, o atual presidente, foi vitorioso em três disputas presidenciais e saiu com consagração popular em duas delas, gozando de grande popularidade, mas agora...

A comparação entre esses dois líderes nos coloca diante de uma reflexão mais ampla sobre como o poder político é exercido no Brasil e no mundo. Em outros países, as lutas de poder são frequentemente associadas a dinâmicas de espionagem, manipulação midiática e até campanhas de desinformação, como é o caso dos modernos "bullying" digital e do "cancelamento" de inimigos. Mas, no contexto específico deste artigo, o que está em jogo não é apenas a disputa eleitoral, mas sim a comunicação do governo com a população e seus entes próximos ou distantes.

O episódio de ontem, que culminou na retirada de uma medida governamental, deixou claro um ponto fundamental: a comunicação do governo falhou. E, mais do que isso, faltou habilidade para lidar com o contexto político e social de maneira diplomática. No entanto, não se deve perder de vista o impacto que esse episódio pode ter em outras esferas da economia, como o mercado de seguros. Apesar do crescimento do setor, há uma crescente preocupação com a capacidade de adaptação do mercado diante das mudanças econômicas e políticas, que podem afetar tanto a confiança dos investidores quanto a segurança dos consumidores e seus jogadores mais próximos.

Por fim, ao refletir sobre a música "Cálice", de Chico Buarque e Milton Nascimento, podemos perceber que o "cálice" do qual falam os artistas talvez já não seja mais tão eficaz como em outros tempos. O cenário atual, que inclui a ascensão de figuras como Donald Trump nos Estados Unidos, ilustra como uma comunicação estratégica pode mudar os rumos de uma nação. No caso de Nikolas, sua mensagem simples e objetiva conseguiu, com poucos recursos, influenciar profundamente uma decisão governamental. O governo, por sua vez, parece não ter aprendido a lição, ao menos por ora. Porém, será insuficiente para garantir instabilidade a longo prazo?

O silêncio pode até ser uma resposta da emoção do momento, mas, como mostram os exemplos históricos, ele raramente é eficaz quando o objetivo é construir um diálogo sólido e garantir a confiança de um núcleo. O verdadeiro desafio será saber como o governo se posicionará diante dos novos desafios políticos, econômicos e sociais que surgem a cada momento, exigindo competência. E, mais importante ainda, como o mercado financeiro e as indústrias envolvidas, como a de seguros, responderão a esse novo cenário e aprendizado.

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros


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