De acordo com Jane Lucas, “A Cor Que Me Reparte” foi escrito sob forte emoção, a partir de informações recebidas de um primo em segundo grau da autora. “Ao realizar a árvore genealógica da família Graff, esse parente descobriu que meu tataravô se uniu com mulher negra escravizada e que essa união originou à família”.

Jane disse que a partir do momento em que ela compreendeu que aconteceu o “apagamento” dessa mulher dentro das histórias da família, uma emoção visceral tomou conta dela e a forma encontrada para externar essa sensação foi através da escrita: “a maneira que eu encontrei foi colocando-a como personagem com seu nome de batismo e, assim, incluindo-a na família. Os personagens que transitam pelo livro são todos pessoas reais, inclusive com seus nomes. Utilizei essa forma para também dar a essas pessoas, excluídas da sociedade, visibilidade e inclusão”, explica a autora.

Escrita por Jane em seis noites e cinco dias, a obra retrata a trajetória de uma mulher forte, corajosa, resiliente e negra. Nascida e criada em um contexto marcado por miséria, pelo trabalho extenuante e pela invisibilidade social. “Nas páginas desse romance assistimos, pela história da personagem central, a vida perpassando por tantas outras vidas, que fazem parte da sua".

Profundamente agradecida a todos que prestigiaram o momento especial, a escritora demonstrou estar sensibilizada pelo carinho que recebeu durante a sessão de autógrafos. Entre tantas pessoas que compareceram na sessão de autógrafos, estavam alguns profissionais que atuam no mercado segurador, como o presidente do CVG RS, Jean Figueiró, a presidente do Clube das Gurias, Roseli de Castro, e a corretora de seguros e vice-presidente da ONG Guerreiros dos Girassóis, Larissa Guterres.