Black Friday: advogada orienta consumidor a denunciar promoções ilusórias
A advogada especialista em direito do consumidor, Larissa Nishimura, afirma que os consumidores que se sentirem enganados têm o direito de reclamar e denunciar
A Black Friday entrou de vez no calendário do comércio no Brasil a tal ponto que muitos comerciantes estendem promoções e descontos por uma semana ou até mais. Entretanto, também se tornou comum elevar os preços dos produtos para oferecer uma redução ilusória dos valores, induzindo o consumidor a pagar o mesmo preço ou até mais por um produto que custava menos no mês anterior. A advogada especialista em direito do consumidor, Larissa Nishimura, afirma que os consumidores que se sentirem enganados têm o direito de reclamar e denunciar.
“Além de não cumprir com a oferta anunciada ou de cobrar um valor diferente do que foi divulgado, o comerciante poderá ser alvo de reclamações e denúncias de consumidores que comprovarem ter sido vítimas de um desconto fictício, ou seja, de promoções realizadas em produtos que custavam menos ou o mesmo preço de antes da Black Friday”, afirma Larissa. De acordo com ela, a melhor maneira de realizar a denúncia e ter uma foto ou qualquer tipo de comprovação dos valores praticados anteriormente.
A plataforma de comparação de preços Buscapé divulgou que alguns preços já sofreram aumento em outubro, nos períodos de 1º a 7 e de 15 a 22 de outubro. De acordo com a pesquisa, os tênis tiveram reajuste de 36%, enquanto geladeira, 13%, e ar condicionado, 7%. Outros produtos que sofreram alta nos preços foram máquina de lavar (+4%), micro-ondas (+2%), tablet (+2%), console de videogame (+1%) e televisores (+1%). Larissa destaca a importância de registrar uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
A advogada ressalta ainda que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, os preços promocionais devem ser claros e transparentes para o consumidor, além de visíveis nas vitrines. Ela também recomenda que o consumidor pesquise preço e tenha cuidado para não cair em golpes virtuais. “É comum que golpistas patrocinem publicações com falsas promoções e muita gente acaba comprando um produto fictício. Por isso, é preciso estar atento e desconfiar de promoções com valores muito abaixo dos praticados no mercado”, diz.
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