Bônus Zero com Sinistro : Seguro Novo ou Renovação Com Agravo?
Casos Reais e Desafios para Corretores Éticos
Imagine que um corretor realiza o cálculo de renovação de uma apólice com bônus zero e agravamento do próprio sistema de renovações da seguradora e repassa o orçamento ao cliente. O segurado, buscando o melhor preço, coloca o seguro na concorrência, e outro corretor oferece um valor significativamente menor para o mesmo seguro, inclusive na mesma seguradora. Ao analisar os cálculos, o corretor da apólice original percebe que o concorrente fez um cálculo como “seguro novo” sem sinistro– o que abriu margem para descontos que uma renovação não concederia.
Onde está o Erro?
Aqui, surge a questão: quem está errado?
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Seria o corretor original, que poderia ter feito o cálculo como seguro novo para competir e desvincular o sinistro da apólice?
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Ou a falha seria da seguradora, que permite a inclusão de apólices com sinistro como seguro novo novo e limpo, sem penalizar adequadamente o risco com sinistro, como deveria ocorrer em todas as seguradoras? Lembrando que este tipo de situação não é medido em estatística, se não houver vinculação do sinistro. E pasmem, isto é real mesmo em algumas seguradoras.
Há também a responsabilização branca e indireta do consumidor, que acaba pagando por uma falta de uniformidade nas políticas de bônus e sinistros entre as seguradoras.
A Necessidade de Atualizar as Bases de Dados
Se uma apólice com sinistro foi incluída como “seguro novo”, sem considerar o agravamento de risco por causa do evento, é razoável questionar se não deveria haver um controle mais rigoroso. A atualização da base de dados das seguradoras – para que reconheçam o bônus zero mesmo com sinistros nos casos de seguros novos com a identificação do sinistro na base geral criada pelas seguradoras – evitaria essa margem de manobra e traria mais transparência ao processo de renovação.
Conclusão
Para uma concorrência justa, é essencial que o setor de seguros padronize o tratamento do bônus zero com sinistro e identifique a burla deixada pelos registros e erros de sistemas das seguradoras, para casos em que se troca a apólice com sinistro por seguro novo sem sinistro. A responsabilidade não é apenas do corretor ou do cliente, mas também das seguradoras, que precisam adotar controles eficientes para assegurar uma precificação justa e consistente em todos os casos.
Armando L. Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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