Gerenciando a perda no ambiente de trabalho: Como as empresas podem apoiar funcionários em luto?
Carine Roos, mestra em Gênero e CEO da Newa, consultoria focada em impacto social, explica como abordar esse tema com colaboradores
Trabalhar enquanto está de luto é um desafio que muitas pessoas enfrentam. A perda de um ente querido não só provoca sofrimento emocional, como também pode afetar a capacidade de concentração, produtividade e motivação. Para lidar com essas dificuldades, a criação de um ambiente de trabalho que reconheça e respeite esse impacto negativo pode facilitar a recuperação dos funcionários e contribuir para um meio mais acolhedor e produtivo. Neste sentido, Carine Roos, fundadora e CEO da Newa, consultoria de impacto social, esclarece o conceito de Carewashing, termo utilizado para descrever empresas que alegam priorizar o bem-estar dos colaboradores, mas falham em proporcionar um ambiente verdadeiramente saudável e acolhedor. Carine também discute como gestores e organizações podem agir de maneira autêntica para transformar essa realidade, promovendo mudanças efetivas no ambiente de trabalho.
Segundo estudo realizado pela Frontiers in Psychiatry, cada morte causada pelo coronavírus, por exemplo, resultou no luto de nove familiares, sem falar nos amigos, vizinhos e colegas de trabalho. De acordo com a especialista, “uma das atitudes mais importantes que um líder pode tomar nessas situações é reconhecer a profundidade da perda, abordá-la abertamente e demonstrar empatia em relação ao ocorrido. Além disso, as instituições precisam assumir a responsabilidade de oferecer um ambiente verdadeiramente saudável e de apoio", complementa.
Nesse sentido, é crucial que as organizações compreendam que as dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho não se limitam a crises sanitárias. Além da necessidade de apoio emocional em tempos de perda, desafios relacionados à saúde mental devido à violência racial, à instabilidade econômica e às turbulências políticas também são um obstáculo. “Esse cenário vai requerer também um compromisso concreto, e não performático, das organizações. Para esses novos tempos, precisamos mais do que nunca de uma liderança compassiva que possui uma postura crítica e política onde não há espaço para comodismo, desesperança e superficialidade”, afirma Carine.
Assim, apoiar funcionários em luto é uma responsabilidade vital das empresas que desejam promover um espaço saudável e solidário. Adotar uma abordagem que inclua educação e conscientização, suporte direto e políticas inclusivas é crucial para criar um ambiente onde os funcionários se sintam seguros para compartilhar suas dificuldades. Garantir um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal e criar uma cultura de reconhecimento e valorização também contribuem para o bem-estar geral.
“Implementar políticas sensíveis e oferecer recursos adequados, como flexibilidade e apoio psicológico, pode fazer uma diferença significativa no bem-estar dos colaboradores enlutados. Além disso, cultivar uma cultura de empatia e compreensão, promovendo treinamentos e criando espaços seguros para que os funcionários possam expressar suas emoções, fortalece o compromisso da empresa com o bem-estar de sua equipe”, finaliza Carine.
SOBRE A NEWA:
A Newa é uma empresa de impacto social que atua no desenvolvimento de organizações baseadas na construção do diálogo, na colaboração e no respeito. A startup valoriza as diferenças e age em prol da diversidade e do bem-estar genuíno. Desde a sua fundação, a Newa atua no desenvolvimento de lideranças compassivas, que atuem na construção de ambientes mais inclusivos e psicologicamente seguros a partir do florescimento humano. A empresa aposta em lideranças focadas no coletivo, na colaboração, na abundância e compaixão, valores que considera essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e com mais equidade. Acesse o site da Newa e saiba mais.
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