Brazil-UK Insurance Forum discute inovação e tecnologias incorporadas pelas seguradoras
A Inteligência Artificial (IA) Generativa, o Big Data e questões de cyber segurança estão entre as soluções da jornada digital que mais vem sendo incorporadas aos processos da indústria de seguros do Brasil e do Reino Unido. A inovação no setor foi o tema central do terceiro painel do Fórum de Seguros Brasil-Reino Unido (Brazil-UK Insurance Forum), organizado em Londres Confederação Nacional das Seguradoras, CNseg, e sua contraparte britânica, a Associação Britânica de Seguradoras (ABI, em inglês).
Moderador do painel, o presidente do Conselho Diretor da CNseg, Roberto Santos, destacou que a conversa sobre essas três tecnologias indica as similaridades dos dois mercados (Brasil e Reino Unido), identifica desafios comuns, como o uso ético dos algoritmos, tendo em vista a hiperpersonalização e o risco de discriminação, o que torna ainda mais importante o intercâmbio de informações dos dois mercados, um aliado para a incorporação sem tropeços de tecnologias.
Nesse sentido, ele ressaltou a importância do Memorando de Entendimento (MoU), assinado entre a CNseg e a ABI, que prevê o compartilhamento de boas práticas e casos de sucesso das seguradoras brasileiras e do mercado de (re)seguros do Reino Unido, sobretudo nas áreas de segurança cibernética e das mudanças climáticas. “Será algo muito enriquecedor para o mercado brasileiro”, acredita Roberto Santos.
Na opinião do presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, a assinatura do Memorando de Entendimento vai conferir perenidade ao desenvolvimento do conhecimento sobre os produtos de seguros. “Já estamos prevendo a realização de estudos conjuntos e trocas de informações que permitirão que o mercado brasileiro se desenvolva mais rapidamente com soluções mais rápidas”, sinalizou Oliveira.
O painel de inovação e tecnologia deu alguns sinais da grandeza dos desafios e das oportunidades. Participante do painel, Caroline Dunn, chief underwriting officer da Zurich no Reino Unido, avaliou o uso da IA generativa no aperfeiçoamento da modelagem de riscos. Ela apresentou sua utilização na Zurich, companhia que mescla mais de 27 fontes de dados externas, ao lado de dados próprios, para rascunhar cenários dos riscos. “Combinando esses dados externos com registros próprios, conseguimos uma visão mais detalhada do perfil de risco dos clientes”, relatou, acrescentando que, além de antever os riscos, a IA ajuda na precificação sob medida e na aceitação dos seguros.
Já Richard Vinhosa, CEO da EZZE Seguros, demonstrou como a IA pode descrever o perfil do comportamento dos clientes, possibilitando soluções em linha com as necessidades dos segurados. A tecnologia, acrescentou, é fator relevante para reduzir os custos operacionais das seguradoras.
Luke Foord-Kelcey, chefe global de Cibersegurança da Howden Re, reconheceu que a oferta de seguros enfrenta desafios com o aumento e severidade dos ataques cibernéticos. Isso exige oferta de serviços adicionais nas apólices tradicionais de cyber para proteger dados e fornecer segurança efetiva aos clientes. Entre outros exemplos, ele destacou alerta de vulnerabilidades dos sistemas corporativos e o crescente uso de tecnologia de segurança cibernética
No Brasil, destacou Roberto Santos, “temos a coação ou cumplicidade de funcionários na venda de dados, o que torna relevante regulamentações rigorosas e testes de vulnerabilidade contínuos para reduzir essas ameaças”.
O Fórum de Seguros Brasil-Reino Unido cotou com patrocínio da EZZE, BMG Seguros e Guy Carpenter.
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