Novo DPVAT, Agora SPVAT: Onde Erramos e O Que Está em Jogo?
A resistência da maioria dos estados em assumir a cobrança do novo seguro obrigatório, o SPVAT, é um sinal claro de que algo precisa ser repensado. Optar por não realizar a cobrança por meio dos Departamentos de Trânsito não significa que o seguro não será cobrado; no entanto, revela que existe uma série de preocupações e dúvidas não resolvidas que merecem atenção. Assim, fica a questão: por que tantos estados estão relutantes em implementar essa cobrança?
Grande parte da aprovação desse modelo é impulsionada pelos interesses de grupos específicos de uma indústria, mas não de seguradoras menores, que não parecem ver na medida uma oportunidade para proteger suas operações. Embora alguns tenham manifestado sua preocupação, muitos questionamentos importantes ainda estão sem resposta, e o público, em grande parte, não foi devidamente informado ou consultado sobre o assunto.
Além disso, as seguradoras perderam uma chance valiosa de oferecer produtos que poderiam agregar valor e reforçar a segurança dos usuários de SPVAT. Em vez disso, vimos uma aprovação apressada e, notavelmente, sem a presença de corretores individuais, o que poderia ajudar a esclarecer o funcionamento e as vantagens do seguro ao público. Isso nos leva a outra questão essencial: em meio a tantas incertezas, quais são os verdadeiros benefícios dessa mudança, e para quem?
Em última análise, o SPVAT desperta um debate necessário: precisamos de uma solução para proteger as vítimas de acidentes de trânsito, mas será que essa proposta é a mais eficiente, justa e transparente para todos os envolvidos?
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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