Um erro comum reside em confundir racismo com a causa da raça. O racismo, enquanto fenômeno social e moral, é uma consequência direta da ideologia que valoriza arbitrariamente a raça como um critério de superioridade. Aqui, a causa é a raça, e a consequência é o racismo. Esta distinção é crucial para a compreensão das injustiças e das estruturas de desigualdade presentes na sociedade.

No contexto do setor de seguros, especialmente no ambiente corporativo e no trabalho dos corretores, a desigualdade emerge como um tema central. A disparidade é patente na relação entre a profissão e o mercado. Esta desigualdade não é apenas uma questão de percepção, mas uma realidade estrutural que afeta a dinâmica econômica e social da profissão.

A situação torna-se ainda mais evidente quando analisamos o papel do Estado em tempos de mudança governamental. Em um governo autodenominado social, os problemas estruturais da desigualdade tendem a se acirrar, como ilustrado pelo tratamento das queimadas. Anteriormente consideradas uma questão de Estado, hoje são tratadas de forma diferente, revelando uma transmutação nas prioridades e nas ações governamentais.

A prática política, muitas vezes, distancia-se da retórica promocional. A objetividade das realizações práticas não se submete facilmente ao discurso publicitário. A desigualdade persiste, alimentando um ciclo de resistência contra as mudanças necessárias para sua erradicação.

Nos próximos dias, apresentarei uma análise detalhada dessa situação, expondo as nuances e implicações da desigualdade no setor de seguros e no cenário político atual.

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros