Blockchain pode combater as mudanças climáticas; entenda como
91% dos brasileiros perceberam mudanças climáticas nos últimos anos; saiba como a tecnologia pode atuar para reduzir as mudanças climáticas e incentivar a preservação ambiental
Não há dúvidas de que a preocupação com as mudanças climáticas vem crescendo no Brasil e no mundo. Segundo estudo da CNI, 91% dos brasileiros perceberam mudanças climáticas nos últimos anos. Na corrida para a minimizar os impactos ambientais, empresas e consumidores estão buscando soluções inovadoras para mitigar os desastres ambientais na natureza.
O mundo tem uma meta global de reduzir as emissões de carbono em zero até 2050, segundo acordo realizado na COP21, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 2015.
O tema também foi discutido por grandes eventos globais, nos últimos meses, que alertaram para as “mudanças climáticas” como o principal assunto de discussões, como a COP28, maior evento global de negociação sobre mudanças climáticas. Outro grande conferência que chamou atenção para o debate foi o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que teve a agenda voltada para a resolução da crise climática.
Nesse cenário, o blockchain, tecnologia que permite a rastreabilidade de dados, surge como ferramenta promissora para combater as mudanças climáticas. Para Phelipe Spildeman, CEO e fundador da Bluebell Index, climatech especializada no desenvolvimento de ativos ambientais, o blockchain é capaz de fortalecer a confiança das negociações climáticas, uma vez que a tecnologia pode melhorar a transparência e credibilidade do mercado, e, dessa forma, direcionar cada vez mais recursos para os desenvolvedores de projetos.
Mas como exatamente o blockchain pode contribuir para combater as mudanças climáticas?
O blockchain é uma tecnologia que permite registrar e compartilhar dados de forma segura e transparente. Essa facilidade pode ser usada para melhorar a rastreabilidade de emissões de gases de efeito estufa e incentivar a preservação ambiental.
Por exemplo, o blockchain pode ser usado para que as transações de créditos de carbono ou ativos ambientais - que envolvem água, solo e carbono - sejam registradas de forma transparente, garantindo que todo o processo de certificação e histórico do projeto de preservação da natureza, sejam efetivamente reduzidas com autenticidade e rastreabilidade.
“A rastreabilidade do blockchain aumenta a confiança dos projetos de preservação da natureza, já que os dados não podem ser manipulados ou alterados após seu registro, resolvendo uma das principais dores do mercado de carbono que é o risco reputacional, pela falta de comprovação e registros. Somado a isso, o blockchain agiliza o processo de verificação, reduzindo os os custos ligados ao monitoramento e auditoria das atividades de preservação ambiental”, comenta Phelipe Spildeman, CEO e fundador da Bluebell Index.
Historicamente, o setor de créditos de carbono, prática conhecida como uma uma forma das empresas e indústrias mitigar as mudanças climáticas, sofreu por denúncias de falta de credibilidade, seja pela pela double counting - quando um projeto de compensação de carbono é vendido duas vezes -, falsificação dos projetos ou ainda creditado com mais reduções de emissões do que realmente gera.
O uso de blockchain resolve todos esses problemas, já que quando o projeto é efetivado, o histórico fica sempre disponível, de forma inalterável, em sites de maneira pública e de fácil acesso.
Phelipe Spielmann explica que transações em blockchain são auditados em tempo real, garantindo a confiabilidade dos projetos de preservação ambiental para redução das crises climáticas.
“Durante muito tempo, a natureza transformou a economia e tecnologia ao longo dos últimos 100 anos. Agora, é hora de invertermos essa lógica e a economia e tecnologia retribuírem à natureza através da forma como remuneramos seus recursos”, finaliza Spielmann.
Sobre Bluebell Index
A Bluebell Index é uma fintech climática que une empresas e indústrias a proprietários rurais para atuar na mitigação de mudanças climáticas. A startup valoriza, certifica e monetiza ativos ambientais por meio de tokens baseados em blockchain gerados por metodologias internacionais pautadas na ciência e algoritmos proprietários. Os tokens da Bluebell incluem carbono, água, solo e biodiversidade e entregam integridade dos dados e rastreabilidade aos compradores.
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