“Setor vai crescer devido à qualificação dos gestores e corretores”
Na última segunda-feira, 19 de fevereiro, cerca de 200 alunos da Graduação em Gestão de Seguros, ministrada pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), acompanharam a Aula Magna da turma do primeiro semestre deste ano.
O evento, promovido on-line e ao vivo, contou com a participação ilustre de Nilton Molina, chairman da MAG Seguros e uma das principais autoridades do setor de seguros no Brasil.
Maior referência nas áreas de Vida e Previdência no País, Molina conversou com calouros e veteranos do curso, durante a apresentação da palestra “O Futuro dos Negócios de Seguros no Brasil”. Na abertura da aula, a diretora de Ensino da ENS, Maria Helena Monteiro, enalteceu a presença do executivo. “O Dr. Molina é um grande conhecedor do setor. É um prazer recebê-lo aqui e poder assistir às suas palestras, que são sempre cativantes”.
Vale a pena estudar seguros?
Esta foi a primeira provocação que Nilton Molina fez aos alunos, lembrando que raramente o jovem, no momento de tentar definir sua profissão, pensa em ser securitário ou corretor de seguros.
“Vale a pena estudar seguros? Claro que sim! Posso afirmar com autoridade, tendo sido gestor de companhia de seguros nos últimos 50 anos. As seguradoras no Brasil têm uma enorme dificuldade em admitir novos gestores, desde os níveis mais básicos até diretores e presidentes. Os jovens, quando iniciam suas carreiras, querem ser médicos, advogados, engenheiros, pedagogos… em outro nível, jogadores de futebol, artistas”.
Molina assegurou aos alunos que a decisão de investir na Graduação da ENS foi acertada, já que o setor demanda profissionais qualificados e responsáveis. “A indústria de seguros é tão poderosa que, só as companhias de Vida e Saúde, possuem R$ 1,5 trilhão de reservas, que, somado a outro R$ 1,5 trilhão dos fundos fechados de previdência, correspondem quase que a 25% da dívida brasileira. É um mercado poderoso, que pratica o bem, mas carente de profissionais especializados”.
O mercado e a longevidade
Outro assunto abordado pelo executivo foi a longevidade e os impactos no setor. Ele destacou que a população está vivendo mais e isso terá consequências sociais, econômicas e comportamentais significativas no futuro. Neste cenário, Molina apontou oportunidades nas áreas de Vida, Previdência, Saúde e Capitalização.
“Com o nascimento de menos crianças hoje, será menor o número de trabalhadores no futuro que, por sua vez, terão que sustentar um enorme contingente de velhos. Significa dizer que foi quebrado o pacto intergeracional. E isto é música para o mercado de seguros, particularmente para as empresas de Vida, Previdência, Saúde e Capitalização. E por que não de outros ramos também? Se as pessoas viverão mais, elas precisarão de seguros para automóvel e Seguro de Vida”.
O chairman também revelou uma tendência que acredita que impactará o futuro dos negócios em seguros: a longevidade poderá ser comprada.
“Cientistas dizem que as crianças nascidas hoje poderão viver até os 120 anos. Outros afirmam que elas viverão até os 150 anos. Já estudiosos e especialistas do Vale do Silício sugerem que, em 30 anos, poderemos comprar a nossa longevidade. De início, honestamente duvidei, mas, ao ler todo tipo de matéria a respeito, me convenci de que estão corretos, pois o único órgão do corpo humano que ainda não foi transplantado é o cérebro. É uma questão de tempo para que seja realizado o transplante cerebral”.
Crescimento com capacitação profissional
No final de sua explanação, Nilton Molina fez uma projeção otimista de crescimento para o mercado de seguros brasileiro nos próximos anos. A expansão será impulsionada por fatores como o surgimento de novas oportunidades decorrentes da digitalização e IA, o desenvolvimento de novos produtos e, principalmente, a melhoria na qualificação dos gestores e corretores de seguros.
“O setor de seguros tem crescido, nos últimos 40 anos, pelo menos o dobro da inflação brasileira. Algumas companhias, como a MAG, dobram de tamanho a cada cinco anos, descontando a inflação. É um mercado vigoroso e em absoluto crescimento, que chegará a movimentar 10% do PIB no futuro. Portanto, estudar seguros é uma decisão inteligente, pois o setor continuará a crescer nos próximos 20, 30, 40 anos. Ele vai crescer na base de dois dígitos devido à melhor qualificação dos seus gestores e à melhor capacitação da sua força de venda, que são os corretores. Então, parabéns a todos que decidiram estudar seguros!”, finalizou.
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