De janeiro a novembro de 2022, a FenSeg contabilizou 45.853 milhões de reais em prêmio direto. Neste mesmo período, em 2023, a Federação totalizou 50.774 milhões de reais, o que representa uma variação de 10,7%.

Em entrevista ao CQCS, Keila Farias, vice-presidente da comissão de auto do órgão, explicou que falar sobre o preço do seguro é falar sobre risco, peças e coberturas. “Essa questão de aumento ou redução do preço do seguro está muito relacionada ao veículo, a região, a utilização, aos dados do condutor. É uma composição bem multivariada nesse sentido, então, não necessariamente o mercado teve um aumento do seguro”, disse ela.

“Quando a gente fala em enchente, o Mercado de Seguros já tem uma previsão de risco de alagamento, mas, quando isso começa a mudar muito, pode ocorrer, sim, aumentos pontuais em relação ao preço do seguro”, disse ela. “A questão do fornecimento de peças também é um fator importante para ter ou não aumento ou redução dos valores no seguro de automóvel”, complementou Keila.

A FenSeg também divulgou que houve um crescimento de 2,9% no volume de indenizações de janeiro a novembro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa R$ 28,9 bilhões. Apesar do aumento, Keila comentou que é difícil prever a estabilização no preço do seguro porque depende do risco, do clima e o que está acontecendo no mercado automobilístico em relação às peças.

Em relação a isso, a vice-presidente da comissão de auto da FenSeg ressaltou que as seguradoras estão atentas ao risco, às oportunidades de descontos e à composição de coberturas. “As seguradoras têm um portfólio muito amplo de coberturas e de serviços onde, através dos corretores de seguros, os clientes podem compor e montar as coberturas que mais se adequam ao risco e a necessidade deles. Isso, com certeza, tem direta mudança ou adaptação dos valores do seguro”, finalizou Keila.