Segundo o presidente da Fenaprevi, Edson Franco, esse resultado é “animador” e consolida a tendência de recuperação da captação líquida no período pós-pandemia.

Ele acrescenta que, em 2023, foram registrados 225 mil novos entrantes na previdência privada aberta. Contudo, na visão de Edson Franco, esse volume é ainda modesto, “considerando o déficit de cobertura da população brasileira e a relevância do produto em nossa sociedade, que está em rápido envelhecimento”.

Para ele, os números apurados no ano passado reforçam a confiança dos executivos em bons resultados em 2024.

No entanto, Franco ressalta que o maior desafio continua sendo o de levar proteção para mais pessoas. “Apesar das questões socioeconômicas, é possível aumentar o nível de proteção à renda das famílias com os produtos e serviços existentes a partir de um trabalho de educação financeira, comunicação e conscientização dos brasileiros”, destaca o presidente da FenaPrevi.

O levantamento feito pela Federação aponta ainda que, em termos de participantes, já são 11 milhões de pessoas que possuem algum tipo de plano de previdência privada aberta no país.

Desse total, 8,8 milhões estão em planos individuais, que é quando a própria pessoa toma a iniciativa de contratar a previdência privada. “Esse é outro indicador em que fica claro a possibilidade de o mercado avançar mais nos próximos anos”, pontua o comunicado.

Já o fato de somente 2,8 milhões de planos serem coletivos, sinaliza, na visão da FenaPrevi, “o potencial de crescimento da indústria no mercado de trabalho nacional”.

O ano de 2023 foi encerrado com 14 milhões de planos de previdência privada aberta. Desse total, 62% foram VGBL, 22% PGBL e 16% Tradicionais.

CAPTAÇÃO. A pesquisa mostra ainda que a arrecadação bruta da previdência privada aberta também segue em crescimento. O setor alcançou R$ 170,1 bilhões no ano passado, registrando uma alta de 8,8% sobre 2022.

Já os resgates cresceram em um ritmo menos acelerado do que nos anos anteriores, fechando o ano em R$ 127,2 bilhões.