Hapvida enfrenta desvalorização de R$ 7,8 bilhões e perspectivas desanimadoras para o futuro
A Hapvida, operadora de planos de saúde, viu seu valor de mercado diminuir em R$ 7,8 bilhões apenas este ano, atingindo um total de R$ 25,8 bilhões, conforme dados do Portal Valor Data. Segundo dados veiculados nesta quinta-feira (15), as ações da empresa registraram uma queda de 0,58%, acumulando uma diminuição de 22,6% ao longo do ano, com uma notável desaceleração nas últimas duas semanas.
Entre os fatores que desencadearam a desconfiança dos investidores está a preocupação com a sinistralidade, que era esperada atingir 68% no terceiro trimestre de 2024, mas agora se prevê que só será alcançada em 2025. Essa mudança de cenário levou o Itaú BBA a reduzir o preço-alvo das ações da empresa de R$ 7 para R$ 6, enquanto na semana anterior o Goldman Sachs já havia rebaixado suas projeções de R$ 5,40 para R$ 4,80.
Segundo o Valor, a Itaú BBA observou em seu relatório que a Hapvida está concentrando seus esforços na integração com a NotreDame Intermédica em São Paulo. No entanto, a abordagem cautelosa da empresa para minimizar perturbações entre os beneficiários da Intermédica resultou no adiamento de ajustes operacionais no Sudeste, como mudanças na rede de atendimento. Isso, por sua vez, deve atrasar a meta da operadora de alcançar uma sinistralidade anualizada de 68% para o início de 2025.
Além disso, recentemente surgiram denúncias de que a Intermédica, agora parte da Hapvida, não está cumprindo liminares judiciais que a obrigam a cobrir tratamentos médicos, o que está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo.
O Goldman Sachs, que também reduziu sua recomendação de compra para neutro, destacou outros fatores que influenciaram suas projeções, como a desaceleração nos reajustes de preços em diversas regiões do país, atritos na integração de novos ativos, custos de medicamentos acima do esperado e aumento significativo nos casos de dengue.
O Citi também expressou preocupação, afirmando que a queda nas ações reflete as “preocupações renovadas dos investidores sobre um processo prolongado de recuperação de margem, que combinado com a contínua fraqueza comercial, pode (mais uma vez) impulsionar outro ciclo de revisões negativas”.
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