Balança comercial inicia o ano com superávit de US$ 6.5 bilhões
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,5 bilhões em janeiro de 2024, tornando-se o maior saldo para o mês desde que a série histórica foi iniciada em 1997. Esse resultado representa um aumento de 185,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi alcançado um superávit de US$ 2,3 bilhões. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações e é frequentemente utilizada para avaliar o grau de abertura de um país ao exterior, também atingiu um recorde para o mês de janeiro, com o valor de 47,506 bilhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram US$ 27 bilhões, representando alta de 18,5% em relação ao mesmo mês de 2023, quando atingiram US$ 22,8 bilhões. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pela alta nas vendas de soja (191,1%), algodão (106,5%) e café não torrado (17,9%). O minério de ferro também subiu 56,9%. Todos os setores tiveram crescimento: agropecuária teve alta de 21%, totalizando US$ 4,3 bilhões; indústria extrativa teve crescimento de 53,3% (somou US$ 8,2 bilhões); indústria de transformação subiu 4,6%, com um total de US$ 14,5 bilhões.
Houve queda nas exportações para a Argentina e a União Europeia, mas crescimento para os Estados Unidos e a China. O resultado com os principais parceiros comerciais foi o seguinte: Argentina – queda de 25,4%, totalizando US$ 0,8 bilhão; EUA – crescimento de 26,8% (totalizou US$ 3,4 bilhões); China, Hong Kong e Macau – aumento de 53,1% (US$ 7,89 bilhões); União Europeia – queda de 17,7% (somou US$ 3,0 bilhões).
Em janeiro de 2024, as importações alcançaram US$ 20,5 bilhões, o que resultou em uma leve queda de 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o MDIC, a redução nas importações se deu pela queda de 55,6% na aquisição de cevada e de 100% no minério de cobre. Dois dos três setores da atividade econômica apresentaram crescimento: agropecuária, com alta de 1,5%, totalizando US$ 0,5 bilhão; indústria extrativa, com queda de 27,6%, totalizando US$ 1,19 bilhão; indústria de transformação, com alta de 2,4%, totalizando US$ 18,7 bilhões.
As nações e blocos que mais venderam ao Brasil foram a China, Hong Kong e Macau, com um total de US$ 5,2 bilhões (+11,2%); Estados Unidos, com US$ 3,2 bilhões (+1,8%); União Europeia, com US$ 4,0 bilhões (-1,4%); Argentina, com US$ 0,8 bilhão (-3,2%).
Aparecido Rocha – insurance reviewer
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