5 dicas para tornar sua startup um negócio de sucesso
Wana Schulze, Head de Investimentos e Portfólio da Wayra Brasil e Vivo Ventures, ensina como crescer em cenário de baixas no VC e surgimento de novas iniciativas
Empreender envolve inúmeros desafios, especialmente no mercado de inovação, em que a velocidade das transformações é ágil. O Brasil é destaque no ramo, sendo considerado um celeiro para novas startups. Dados da Abstartups revelam que na última década, foram abertas mais de 7 mil startups no Brasil. Destas, 45% eram consideradas microempresas, 24% pequenas, 20% médias e 11% grandes.
“Apesar da baixa vivida no Venture Capital em 2023, o que fez diminuir o ritmo e os cheques das captações, outros agentes, como por exemplo, o Corporate têm crescido e apoiado o desenvolvimento de novos negócios. As startups continuam surgindo, impulsionadas pelo avanço tecnológico, e, nesse cenário, um bom planejamento e execução podem definir o rumo das iniciativas”, acredita Wana Schulze, Head de Investimentos e Portfólio da Wayra Brasil e Vivo Ventures, CVCs (Corporate Venture Capital) da Telefónica/Vivo.
Mas, afinal, qual o diferencial para tornar uma startup um negócio de sucesso? A seguir, a especialista apresenta cinco dicas para desenvolver e crescer no ecossistema de inovação:
1. Aprimore seu MVP
Um dos passos mais importantes ao criar uma startup passa pela validação da sua oferta de produto ou serviço. Para isso, é preciso entender qual é a dor que o empreendedor busca sanar. Ainda que o produto final não esteja 100% desenvolvido, a criação de um MVP, sigla em inglês para “Minimum Viable Product”, ou seja, um produto minimamente viável, é indispensável para avançar nos negócios. Na prática, significa criar uma versão mais simples de um produto ou serviço com o mínimo de recursos possíveis a fim de entregar a principal proposta de valor da ideia. “Dessa forma é possível conseguir demonstrar valor a possíveis investidores, indicando a aplicação de mercado da proposta, além de compreender melhor os custos para tirar a ideia do papel”, garante Wana.
2- Crie um plano de negócios
Garantir um direcional com passo a passo da jornada pode ser desafiador, especialmente quando é a primeira vez que alguém decide empreender, no entanto, para garantir mais destaque ao buscar investidores para viabilizar o negócio, será necessário mais que vender uma boa ideia, mas demonstrar a estratégia ou caminho que se pretende seguir para atingir os resultados estimados e em qual tempo. “Para construir um bom plano de negócios, é preciso ter um objetivo claro, realizar uma análise de mercado, o que envolve compreender quem serão seus concorrentes e fornecedores, definir e estudar quem é seu público-alvo e qual diferencial de mercado você oferecerá a ele, além de estabelecer um plano operacional e financeiro”, afirma a executiva.
3.Estabeleça um plano de ação
A capacidade de planejamento e execução faseada são fundamentais para esse processo. Primeiro é preciso estudar cenários e depois criar um cronograma para um plano de ação. Uma vez mapeados e definidos o “quê” e o “quem”, deve-se partir para o GoToMarket, ou seja, avançar em direção ao mercado e de fato, iniciar os contatos e as ofertas. “Contar com o apoio de investidores que além de recursos financeiros também oferecem o smart money, com direcionamento e expertise de mercado também pode fazer toda diferença e deve ser considerado no momento da captação. Prazos devem ser estimados em um cronograma, o que facilitará a execução e andamento do projeto”, garante Wana.
4. Construa um bom pitch e venda seu negócio
De nada adianta ter uma boa ideia, buscar investidores se no momento de explicar o conceito, potencial e viabilidade do negócio, o empreendedor não consegue transmitir isso de maneira clara. Na hora de criar o chamado “pitch”, formato de apresentação breve e direta de uma empresa, produto, serviço ou ideia, que geralmente é apresentada a possíveis investidores, é preciso demonstrar o projeto de forma concisa, explicar seus diferenciais e em qual mercado pretende atuar. “Crie uma apresentação detalhada, começando por qual o problema pretende resolver e de que forma. Fale sobre a solução que a sua startup trará para resolver o problema apresentado no item anterior, mostrando quais são seus diferenciais. Por fim, faça sua proposta e indique o estágio em que o negócio se encontra e qual valor precisa para dar o próximo passo”, afirma a Head.
5. Momento da captação
Há diferentes tipos de investidores para captação de recursos de uma startup. Para um negócio em estágio inicial, há os investidores anjo, que poderão ajudar com capital financeiro e prática de mercado. Uma alternativa para empreendedores que já têm um produto ou serviço no mercado são as aceleradoras, que além de recursos podem ajudar com networking e mentorias. Há também o seed capital, quando uma startup já tem um produto ou serviço bem definido e os fundos VC (Venture Capital) ou CVC (Corporate Venture Capital), estes para empresas já em crescimento. “É preciso entender o que faz mais sentido de acordo com o grau de maturidade do negócio. Outro ponto importante é entender o momento do mercado. Entre meados de 2022 e início de 2023, por exemplo, vimos maior retração dos fundos VC e crescimento dos Corporates. Independentemente do caminho, definir bem as etapas anteriores faz toda diferença”, finaliza Wana.
Sobre a Wayra
A Wayra, hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo, investe, escala e conecta startups com corporações e outros parceiros. O objetivo é gerar oportunidades de negócios e inovação em conjunto. Criada em 2011, a Wayra opera em nove países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Alemanha, México, Peru, Espanha e Reino Unido) e já investiu mais de 66 milhões de euros em startups. Atualmente, 550 startups fazem parte do portfólio de inovação aberta global da Telefónica. Presente no Brasil desde 2012, a Wayra Brasil já investiu em 84 startups e, atualmente, conta com 25 empresas em seu portfólio, sendo que 50% delas possuem contratos ativos com a Vivo. As áreas prioritárias são educação, saúde, finanças, internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA), 5G, big data, Advanced Anaytics, Computação em Nuvem (Cloud Computing), cibersegurança, greentechs, entre outras.
Sobre o Vivo Ventures
Lançado em abril, o Vivo Ventures tem R$ 320 milhões para investir em startups em fase de crescimento “growth”, com soluções nas áreas de Entretenimento, Casa Inteligente, Marketplace, Saúde, Finanças e Educação, que são chave para o posicionamento da Vivo como hub digital. O Vivo Ventures complementa a plataforma de investimento em startups da empresa e, em conjunto com a Wayra, hub de inovação aberta e braço de investimento early stage, apoia e impulsiona o ecossistema empreendedor. Presente no Brasil desde 2012, a Wayra investe até R$ 2 milhões em startups preferencialmente em rodadas iniciais “pré-seed e seed” e que tenham negócios alinhados à estratégia da Vivo. Já o Vivo Ventures investe em startups “growth”, com tickets médios de aproximadamente R$ 25 milhões.
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