Frota de ônibus sem seguro pega fogo, mas a principal causa exclui chance de possíveis coberturas
Na madrugada da última sexta-feira (12), um incêndio destruiu cinco ônibus escolares na cidade de Vespasiano, na Grande BH. De acordo com o Portal Hoje Em Dia, a destruição dos veículos foi possivelmente uma ação criminosa em represália ao trabalho da Polícia Militar no bairro Suely. O advogado representante da empresa proprietária dos ônibus afirmou que eles não possuíam seguro.
Diante desse incidente, o CQCS conversou com Fred Almeida, advogado, sócio na BM&X Consultoria e Corretora de Seguros, e professor na Escola de Negócios e Seguros, para analisar o caso. Fred destacou que, em geral, a maioria das apólices de seguro no ramo de automóveis (carros, ônibus e motos) traz em suas condições gerais a exclusão para atos de “hostilidade, tumultos e vandalismo”. – “Uma contratação pura e simples do seguro poderia não assistir à empresa nessa situação devido a tais exclusões”, comenta.
Fred compartilhou sua perspectiva sobre a contratação de seguro para frotas de veículos, sugerindo a possibilidade de incluir coberturas adicionais – “De qualquer maneira, seria mais prudente enfrentar essa discussão no momento da contratação, negociando, se possível, a contratação de uma cláusula adicional incluindo esse tipo de evento”, pontua.
Ele exemplificou com o caso de uma frota de ônibus em Recife, indicando que uma cobertura adicional poderia ser vantajosa para anular a exclusão de danos causados por vandalismo, mas também em casos em que esse tipo de incidente é bem incomum em algumas regiões. Sempre é importante contar com o auxílio de um corretor/consultor especializado que pondere todas as vertentes do risco.
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