Mercado Gaúcho de seguros mantém ritmo de crescimento
“Segmento vai continuar crescendo em 2024”
Dados da Confederação Nacional das Seguradoras indicaram que de janeiro a setembro de 2023 o crescimento do mercado de seguros no Rio Grande do Sul atingiu a faixa de 12,2%. A média nacional ficou em 10%. O Estado representa 8% do mercado nacional de seguros.
O presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul, Guilherme Bini, destacou o crescimento de algumas carteiras ao longo de 2023, como o patrimonial (28%), transporte (14%), responsabilidade civil (14%), pessoas (13,6%) e previdência aberta (18%). Ressaltou ainda que os seguros mais populares (automóvel, residencial, empresarial e vida) seguem impulsionando o desenvolvimento do mercado.
Ao comentar o balanço de 2023, o dirigente disse que o Estado viveu um ano atípico em função dos efeitos climáticos, sendo a estiagem no primeiro trimestre e enchentes e ciclones no segundo semestre.
Conforme Bini, o seguro agrícola mostrou sua importância e atendeu os produtores rurais. “A colheita de inverno foi boa, mas existe uma preocupação com a próxima safra em função do excesso de chuvas e granizo em algumas regiões”, ressaltou.
Outro detalhe citado pelo presidente do SindsegRS foi o aumento da procura pelo seguro agrícola e do seguro patrimonial rural, que garante a cobertura da benfeitoria, instalações e maquinários.
“Dentro de uma propriedade rural, não se pode pensar apenas na lavoura. É preciso lembrar de todo o investimento, desde silos de armazenagem até máquinas de plantio e colheita”, enfatizou.
Guilherme Bini adiantou que o custo final do seguro agrícola será impactado com os pedidos expressivos de indenizações. Segundo o executivo, a sinistralidade é um dos pontos que afeta a precificação do seguro em qualquer ramo, sendo que o Rio Grande do Sul já enfrentou três estiagens consecutivas.
Quanto aos reflexos das enchentes e ciclones, Bini enfatizou a mobilização das seguradoras no apoio às famílias mais necessitadas, através da disponibilização de guinchos em várias regiões, atendendo segurados e não segurados, além da realização de ações sociais.
“O Brasil ainda não possui o seguro catástrofe, sendo que este produto é importante para o restabelecimento de famílias e empresas. Acredito que isto deverá ser efetivado no país nos próximos anos. A CNseg está capitaneando este debate e apresentou proposta neste sentido”, destacou.
Para 2024, Guilherme Bini prevê um ano de crescimento. “As obras de infraestrutura estão voltando. Isto significa o impulsionamento dos seguros de responsabilidade civil, das obras de engenharia e transportes”, concluiu.
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