O Brasil possui pelo menos 12,7 mil startups, segundo a Associação Brasileira de Startups. A trajetória de uma empresa desse tipo rumo ao crescimento em escala é composta por uma série de etapas e desafios. Há quatro fases que ela precisa percorrer para se consolidar: ideação, operação, tração e escalabilidade.

“As startups são caracterizadas por serem ágeis, inovadoras e escaláveis. Para elas evoluírem é necessário ter muita flexibilidade para entender onde os esforços devem ser canalizados. Há uma gama de mecanismos de apoio à inovação que estão disponíveis para os empreendedores acelerarem o crescimento do negócio,” explica Éricka Menegaz, vice-presidente de Inovação e Jornada Digital na SUCESU MINAS (Sociedade de Tecnologia da Informação e Comunicação de Minas Gerais).

A especialista indica alguns caminhos para ajudar startups a evoluírem até a maturidade.

Aceleradoras – fundamentais no ecossistema de empreendedorismo, essa organização é responsável por dar suporte e agilidade no desenvolvimento da startup, auxiliando em diferentes formas de estruturação dos produtos e serviços por meio da inovação, como mentoria, conexões e infraestrutura.

Programas de fomento – há políticas governamentais que oferecem subsídios financeiros, como linhas de financiamento com empréstimos com baixas taxas de juros, além de isenção de tributos e incentivos regulatórios para reduzir custos e o tempo dedicado para criar produtos e serviços.

“Importante acompanhar editais do governo que costumam ser oferecidos por entidades públicas, como a FINEP, grandes empresas e entidades como fundações e institutos” informa Ericka.

Investimento anjo – Há uma rede de investidores anjo no Brasil, ou seja, grupos formados por pessoas físicas ou jurídicas que fazem aportes com capital próprio em startups com um alto potencial de crescimento.

Somente em 2022, 128 startups receberam R＄ 68 milhões, segundo um levantamento realizado com 24 organizações do segmento, como Anjos do Brasil, GVAngels, BR Angels, FEA Angels.

“O investidor-anjo não oferece apenas recurso financeiro, mas também networking, capital intelectual, mentoria, e outros recursos que possam ser demandados. Para que uma startup possa se candidatar a essa modalidade é fundamental que ela possua uma ideia diferenciada, tenha um bom plano de negócios, seja escalável, demonstre valor para o segmento que atuará, entre outras características”, explica a especialista da SUCESU MINAS.

De acordo com Ericka, as startups devem buscar os sites das investidoras e se inscreverem para entrar no funil de avaliação para receber o investimento.

Conselho consultivo – É possível reunir um grupo com especialistas experientes e que atuaram em grandes empresas para auxiliar os fundadores em temas diversos. Pela bagagem profissional que eles possuem, são capazes de contribuir na tomada de decisões mais assertivas para o sucesso da empresa. Abertura de capital, competitividade, ESG, expansão, reestruturação societária, recursos humanos são alguns escopos que podem contar com apoio de conselheiros.

“No empreendedorismo, quem atua sozinho dificilmente prospera. Ter com ajuda e experiência de quem viveu desafios que o empreendedor enfrenta mitiga os erros, por isso, contar com equipes multidisciplinares é uma estratégia que vai ajudar qualquer startup a crescer”, finaliza.

Sobre a Sucesu Minas

A SUCESU MINAS é a mais relevante e atuante associação de tecnologia de Minas Gerais, há 55 anos fomentando o mercado mineiro com as melhores práticas globais do setor, incluindo as iniciativas públicas e privadas. São mais de 50 ações anualmente, com o objetivo de discutir os assuntos pertinentes ao dia a dia dos CIOs e profissionais de TIC, criando debates e troca de experiências entre pares.