A República de Platão no Seguro
Aristócles, geralmente denominado como Platão, uma figura imponente cujo epíteto decorre de suas próprias dimensões físicas, engendrou a obra "A República". Nesse escrito, o autor almeja a justiça por meio do diálogo filosófico, proferindo críticas à decadência da democracia local. Recentemente, redigi um artigo sob o pseudônimo MSC, no qual, sem quaisquer subterfúgios, expus minha forma usual de expressão empregada aqui no Segs. A razão para tal ato será discutida em momento oportuno, mas o intento foi alcançado. Contudo, no aspecto mais coeso, buscava-se primordialmente à justiça para os corretores de seguros.
Pode parecer paradoxal, comedida, quiçá adornada com inúmeras adjetivações, entretanto, "A República de Platão" reverbera em nossa Era, especialmente no universo do seguro. Platão, na busca por um Estado justo, não concede voo à imaginação, mas retrata o tecido político interno de Atenas. A política é uma arte; é a vida social; é necessária, porém, carece perpetuamente de complementos, verificações e fiscalizações.
Sem dissimulações, o que Platão concebe é atípico e utópico. A política é uma batalha na fronteira, cujo desfecho é o poder, e isso não é inapropriado. O que se mostra equivocado na política é a ausência da Dialética. Dessa forma, os rumos se impõem em minha descrição.
O autor aborda a sociedade, a convivência em sociedade, a administração e a coesão dos entes públicos, hoje uma tentativa da ordem democrática. A própria Democracia não é palpável; é uma estrada que pode bifurcar em diversas direções, continuando ou não como uma Democracia.
No mito da caverna, os homens e mulheres acorrentados viam apenas as sombras de objetos projetadas na parede, desconhecendo a realidade, pois de costas para esta e voltados para o fundo da caverna, não percebiam a projeção essencial para acreditar naquela ilusão.
Não nego que a ilusão é uma arte meticulosa e imprescindível à condição pragmática. Vou além: a política não subsiste sem ilusão! A tal ponto que, mesmo sendo um idealista, não alcançaria resultados sem essa ferramenta. Cedo, inclusive, a incumbência de demonstrar na verdade que os objetivos são vitais à ilusão.
O prisioneiro liberto tem um objetivo: buscar o conhecimento da verdade. Quando isso ocorre, retorna e compartilha o conhecimento com os prisioneiros da caverna. Assim, a prefiguração da falta de materialidade da Política, intangível, paira como águia sobre a concretude material prefigurada das ações políticas. Os modelos perfeitos então se desvanecem e caem por terra.
O sentido Ético, que se entrelaça ao viés político, é a redundância da maior necessidade contra os maus usos da Política. Logicamente, toda política incide economicamente nos empreendimentos, sendo o Mercado de seguros um dos maiores!
De fato e comparativamente, nas cavernas estão os corretores e os seguradores. Contudo, diferentemente dos corretores, o auto aprisionamento na caverna de Atenas dos seguradores é inexplicável.
Os corretores de seguros encontram-se nas cavernas de Atenas por serem intermediários, não tomam decisões e não ostentam poder. Isso é inalterável! É um conceito! Já os seguradores permanecem nas cavernas sem razão aparente. Logo, é irrazoável!
E onde está a causa: na virtude ou na falta dela. A virtude é algo que demanda estudo. Com a virtude advém o conhecimento, que desfaz as sombras, que dissolve a projeção, que encarrega-se da educação, que instiga à ação e não apenas ao devaneio. A Política e a Virtude caminham juntas!
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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