Terroristas atacam navio norueguês no Mar Vermelho – aumento do custo do seguro
O custo do transporte de mercadorias pelo Mar Vermelho está aumentando à medida que os Houthis do Iêmen intensificam os ataques a navios supostamente ligados a Israel. Fontes da indústria alertam para o temor de uma possível interrupção no abastecimento global que navega pela região.
De acordo com a Reuters, hoje, 12 de dezembro, os Houthis do Iêmen afirmaram que atingiram um navio-tanque comercial norueguês com um míssil em seu mais recente protesto contra a invasão de Gaza por Israel, destacando os riscos de um conflito que afeta o Oriente Médio.
Cerca de 23 mil navios passam pelo Estreito de Bab al-Mandab, que conecta o Mar Vermelho ao Golfo de Aden, o que facilita os ataques direcionados. Duncan Potts, ex vice almirante da Marinha Real britânica e ex comandante de segurança marítima no Golfo, afirma que esses ataques têm o potencial de se tornarem uma ameaça econômica estratégica global, além de uma ameaça geopolítica regional.
O mercado de seguros de Londres incluiu o sul do Mar Vermelho em sua lista de áreas de alto risco. Navios que navegam por essas áreas precisam notificar suas seguradoras e pagar um prêmio adicional por um período de cobertura de sete dias.
Os prêmios de risco de guerra subiram esta semana, estimados em entre 0,1%, 0,15% a 0,2% do valor do navio, em comparação com 0,07% da semana passada. Embora haja descontos aplicados, isso ainda resulta em custos adicionais de dezenas de milhares de dólares para uma viagem de sete dias.
O recente incidente adiciona um nível a mais de instabilidade para os operadores comerciais no Mar Vermelho, que provavelmente continuarão a enfrentar altas taxas no curto e médio prazo, de acordo com Munro Anderson, chefe de operações da Vessel Protect, especialista em riscos de guerra marítima, parte da seguradora Pen Underwriting.
As tarifas médias diárias para superpetroleiros, que podem transportar até 2 milhões de barris de petróleo bruto, aumentaram para mais de 60 mil dólares por dia, em comparação com cerca de 40 mil dólares por dia no mês passado, segundo estimativas da Braemar, corretora de navios.
Algumas empresas marítimas já estão redirecionando seus navios pelo Cabo da Boa Esperança, evitando o Mar Vermelho, o que acrescenta tempo de viagem e custos adicionais.
A navegação comercial nunca deve ser uma vítima colateral de conflitos geopolíticos, e os países devem trabalhar juntos para garantir uma navegação global segura e sem obstáculos.
Aparecido Rocha – insurance reviewer
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