6 principais tendências de IA no mercado de comunicação

Empresa de inteligência estratégica voltada à consultoria de negócios, a Mark Up promoveu recentemente um mapeamento das principais tendências no mercado de comunicação relacionadas à Inteligência Artificial (IA), por meio da solução proprietária All Trends. O trend report aponta seis macrotendências e tem o objetivo de ajudar as marcas a transformarem a ferramenta em aliada, ampliando as capacidades dos times, sem eliminar o aspecto individual de desenvolvimento.

Segundo Silvana Torres, presidente e fundadora da companhia, é importante entendermos como a tecnologia contribui para as empresas encontrarem soluções que reformulam operações e dinâmicas nos negócios. Luis Rasquilha, CEO do Ecossistema Inova, reforça esse raciocínio, ressaltando que o recurso se torna ainda mais disruptivo quando apoiado pelo espírito crítico humano das equipes.

Abaixo os especialistas explicam em detalhes as facilidades de cada tendência e os impactos no mercado da comunicação. Confira:

1. Personalização avançada

Atualmente, os clientes buscam cada vez mais ter experiências únicas em suas jornadas de consumo, indo além da compra em si. Para Torres, a IA é fundamental nesse sentido por possibilitar aos times a oferta de produtos e serviços hiperpersonalizados, que marquem os consumidores individualmente.

“Estamos falando de ferramentas que podem fortalecer o vínculo entre a marca e o público de uma maneira que atenda às necessidades de ambos. Nos eventos, por exemplo, o reconhecimento facial não é apenas inovador, mas também um facilitador tanto para organizadores quanto aos participantes em geral”, destaca.

2. Chatbots e assistentes virtuais

Um levantamento da Juniper Research, empresa de consultoria e análise global no setor de tecnologia móvel e digital, revelou que haverá aproximadamente 8,4 bilhões de dispositivos inteligentes com suporte para assistentes de voz até 2024, sendo que o mundo terá cerca de 7,8 bilhões de habitantes. De acordo com Rasquilha, o crescimento de ferramentas desta categoria mostra que estamos tentando melhorar a nossa capacidade de execução de tarefas, seja no trabalho ou em outros aspectos.

“É um caminho para aumentarmos a eficiência, omnicalidade e criatividade em muitas atividades, especialmente quando sabemos o que perguntar e adicionamos valores humanos aos outputs”, diz.

3. Análise preditiva

Em meio à alta competitividade no mercado, a IA também chega para ser um diferencial na tomada de decisões das marcas. Para o CEO do Ecossistema Inova, isso acontece pela “capacidade de processamento computacional poderosa, a disponibilidade de grandes volumes de dados e o desenvolvimento de algoritmos avançados” da tecnologia.

Assim, a ferramenta permite às empresas ultrapassarem as concorrências por meio de um caráter estratégico preditivo. A previsão de churn e a própria antecipação de tendências são algumas das vantagens proporcionadas por essa característica.

4. Reconhecimento de imagem e vídeo

Um levantamento da Kantar IBOPE Media revela que cerca de 98% da população brasileira se envolve com vídeos. A IA possibilita às empresas explorarem formatos desse tipo de diversas formas, que vão desde a melhora da gestão interna até o desenvolvimento da jornada do público-alvo. Torres exemplifica:

“Com a tecnologia, os times conseguem identificar se a imagem do produto está presente em conteúdos gerados pelos usuários e monitorar menções de marca, ajudando na avaliação do impacto das campanhas de marketing. Ou se formos para a análise de estoque, auxilia as companhias a controlarem a disponibilidade e localização dos produtos nas prateleiras. Isso sem falar na imensidão de recursos de busca e recomendações personalizadas que podem ser ofertados aos clientes”, pontua.

5. Automação de marketing

O impacto da automação de marketing com IA para todos os setores é enorme; afinal, ela mescla eficiência operacional à redução de custos, economia de tempo e obtenção de resultados mais eficazes. “Ao automatizar tarefas repetitivas e demoradas, as equipes podem se concentrar em atividades estratégicas de alto valor, que devem ser realizadas por pessoas”, explica a presidente e fundadora da Mark Up.

Apesar disso, Rasquilha lembra que a aplicação da tecnologia precisa ser equilibrada, amparada pelo reconhecimento e pela organização: “A IA não possui características como empatia, propósito, interação social, ética, autoconhecimento e adaptação a novas situações. Por isso, é uma ferramenta que só alcançará 100% do seu potencial se aliada à atuação humana”, complementa.

6. Geração de conteúdo

Por fim, a geração de conteúdo é uma das maiores tendências no mercado de comunicação relacionadas à IA, tanto por viabilizar uma produção em larga escala e com um ritmo acelerado, quanto pela abrangência de funcionalidades. Torres conclui que essa é uma vantagem especialmente útil para as empresas não perderem qualidade em suas criações:

“Da personalização e automatização de e-mails à imersão em experiências visuais de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR), a IA ajuda a dar outra perspectiva a produtos e serviços que já nos acostumamos. É uma saída excelente para escapar da mesmice e levar experiências inéditas aos clientes”, finaliza.

Sobre a Mark Up

Empresa de inteligência estratégica voltada a consultoria de negócios. A companhia utiliza metodologia proprietária, nomeada de Construtoria Estratégica, que alia estratégias data driven de uma consultoria a execuções assertivas e criativas de uma agência. Com um ecossistema de negócios multidisciplinar, a empresa tem como foco criar experiências que trazem resultados efetivos para as marcas, oferecendo serviços que vão desde o marketing de incentivo e ativação de marca, até eventos e pesquisas tailor made. Há quase três décadas no mercado, a Mark Up já foi eleita agência do ano de 2020 e 2023 no Prêmio Live, da Promoview, além de Great Place to Work por seis vezes e vencedora do Prêmio Caio e Ampro Globes.

Sobre Luis Rasquilha

Luis Rasquilha é CEO do Ecossistema Inova (Research | Consulting | Business School | Online | Editora) e professor convidado da FIA, Fundação Dom Cabral, do HIAE (Hosp. Israelita Albert Einstein) e da ESALQ/USP. Além disso, é colunista do MIT Sloan Management Review Brasil e Executive Digest Portugal e conselheiro da Mercur.