Conheça as principais características da liderança humanizada em seus eixos comportamentais
Tema foi debatido no I Summit Internacional de Segurança Psicológica em São Paulo, principal congresso da área na América Latina
Liderança humanizada e o contexto que a justifica foram temas de destaque no I Summit Internacional de Segurança Psicológica, promovido na cidade de São Paulo pelo Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP), envolvendo mais de 350 participantes ao longo dos seus dois dias de programação, na segunda e terça-feira, dias 18 e 19 de setembro.
Alexandre Pellaes, pesquisador, especialista em modelos flexíveis de gestão e mestre em psicologia do trabalho pela Universidade de São Paulo (SP), conduziu o painel que listou as principais características e eixos comportamentais da liderança humanizada. Segundo o pesquisador, esse tipo de liderança nasce, ou deriva, de duas grandes premissas que balizam a forma como o profissional se relaciona com a sua atividade profissional. “O significado do trabalho é uma delas. Para este tipo de liderança, o trabalho não é um emprego, e sim a forma como o indivíduo se relaciona e imprime sua marca no mundo, por meio da ação. É uma expressão do ser”, disse Pellaes. Uma segunda premissa, explicou o pesquisador, diz respeito à qualidade das relações interpessoais estabelecidas. “A liderança humanizada não tem nada a ver com crachá, e sim com influência. Existem lideranças na organização que não têm a formalidade do crachá. A tia do café, que escuta, conversa e acaba influenciando muita gente, é um exemplo claro disso”.
A liderança humanizada se desenvolve e é cultivada a partir de uma gestão empreendedora, bem diferente daquela máxima antiga “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. “Essa gestão abre espaço para que os profissionais tenham liberdade e se sintam capazes de identificar como podem se movimentar no trabalho, de forma colaborativa e compartilhada, em prol da alta performance, a partir de uma conexão mais genuína do líder com o time e entre os membros da equipe”, diz Pellaes.
Para isso o especialista destaca que a segurança psicológica é fundamental, ou seja, a crença compartilhada entre os profissionais de que o time configura um local seguro o suficiente para que todos exponham ideias, dúvidas, erros e desconfortos, sem temer represálias por isso. O conceito da segurança psicológica foi cunhado na década de 90 pela Dra Amy Edmonson, professora da Harvard Business School, nos EUA, e saiu da academia para o mercado após o estudo do Google, chamado projeto Aristóteles, que se propôs a investigar por que em sua equipe interna havia times com melhor performance do que outros, já que todos faziam parte de uma mesma cultura organizacional. Entre todos os padrões existentes nos times de alta performance, revelou o projeto do Google, a segurança psicológica se mostrou o mais importante, o número um.
“Assim, a liderança humanizada provoca e se retroalimenta da organização que possui propósito, processos, práticas e políticas claras e estabelecidas”, explica Pellaes.
Ao longo do painel sobre o tema no I Summit Internacional de Segurança Psicológica, o pesquisador listou as características da liderança humanizada nos eixos individuais, dos relacionamentos, do negócio e da comunidade.
No nível individual
- Autoconhecimento
- Inteligência emocional
- Autogestão evolutiva
- Adaptabilidade|flexibilidade.
No nível do relacionamento
- Ação empática
- Capacidade de delegar
- Capacidade de influenciar e motivar
- Comunicação eficaz
No nível dos negócios
- Protagonismo estratégico
- Capacidade de causar tensão positiva
No nível da comunidade
- A ética é o principal balizador da tomada de decisão
Sobre o IISP
O Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP) é uma organização com o propósito de apoiar empresas corajosas a liderar a transformação do jeito de fazer negócios, preparando a liderança para uma gestão mais consciente e humana, por meio da Segurança Psicológica.
Precursoras deste conceito no Brasil, as psicólogas organizacionais Patrícia Ansarah e Veruska S. Galvão - com mais de 15 anos de experiência como executivas em RH de grandes empresas - criaram o instituto para elucidar e dar visibilidade aos impactos positivos que a Segurança Psicológica proporciona a pessoas e empresas e levar soluções integradas nesta temática para o desenvolvimento de times e organizações.
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