A pergunta que não podemos deixar de fazer diretamente a quem possa interessar é a seguinte: os seguradores têm um plano A,B ou C para o novo DPVAT?

Será que houve falhas na implementação do primeiro DPVAT? Será que houve falhas em coibir as seguradoras paralelas, piratas ou marginais? Será que houve falhas na preparação para a mudança de governo, ou sempre são pegos de surpresa? Será que houve falhas no desastre do Titanic do DPVAT? Quem foi que pulou primeiro do barco? Alguém pulou?

O que vejo é o seguinte: nada! Não vejo nada! Talvez alguns poucos minguados e desesperados possam enxergar o que ninguém mais vê. Será que não vemos porque somos míopes ou será que não vemos porque o problema é muito maior de cegueira?

Se não vemos nada, será que realmente merecemos ver alguma coisa? O verbo "ver" tem uma conotação de ação. Agir é mais do que simplesmente entender e deixar que outros façam. Isso é delegação ou representação. Ninguém delega algo em que acredita ou delega por algo que não tem valor objetivo individual. Então, se estamos delegando, é porque estamos vendo? Não, porque não estamos agindo, por não ver o futuro que nos espera.

Onde está o plano? Por favor, mostre-me o plano! Mostre-me que um Porsche novo não é uma brasília velha.

Se fosse simplesmente o dilema do corretor eu entenderia, mas um segurador não pode deixar-se longe da questão. Aliás, não estou falando de festa, mas de trabalho. De novo, a festa se usa para comemorar as vitórias e atualmente não vejo mais que trabalho pela frente!

Armando L. Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros