Susep ou Autorreguladora?
Acredite, eu teria o ano inteiro para falar sobre este mesmo assunto. Infelizmente, digo isso com muito pesar, não consigo enxergar uma necessidade em termos autorreguladoras dos corretores de seguros. Aliás, durante toda a nossa vida de profissional da corretagem, temos sido atendidos pela Susep. Ainda mais, acredito que os excelentes servidores públicos são isentos para administrar questões importantes como a nossa categoria e é uma verdade que é apolítica. Isto é: não importa que partido político influenciou o comando de uma certa época, se isso realmente tenha acontecido, a nossa vivência também apolítica é administrada pela Susep. E o bom disso tudo é que também há prazo para a direção ficar sentada na cadeira que comanda.
A verdade clara é que os corretores de seguros não aderiram a ter mais um organismo que "nos fiscalize". Isso interessa a minoria, mas não interessa a parte maior dos corretores de seguros.
Mas vou continuar com uma comparação: qual o percentual de associados dos sindicatos da categoria? 2%? 3%? quem sabe 5%? Enfim, onde estão os outros 95%? Quando era obrigatório, o Imposto Sindical era pago por 100% dos profissionais da corretagem, mas 95% sem qualquer voz, porque não são associados aos sindicatos. E isso para mim é um grande erro, devíamos ter 100% dos profissionais associados aos sindicatos, dando peso nas Assembleias, onde secretários lêem atas sérias e reais, que possam ser votadas, não que não sejam, mas um número gigante de profissionais pode afetar decisões ou indecisões, porquanto da convocação. E isso se chama: Democracia.
Talvez boa parte dos que me leem aqui nunca tenham participado de um Assembleia. Normalmente, e de forma simples para compreensão, se dá assim: Ata de convocação com data, hora e número mínimo para formar quórum. Não atingindo o quórum, nova chamada. Depois disso o secretário faz a leitura da Ata e suas conferências. Seguindo-se os temas com apoios, aberturas, votação e seguindo-se os temas até a conclusão da Assembleia e assinatura do resultado (normalmente) pelos participantes. E é justamente aí que um número mínimo de participantes não conseguem satisfazer a maioria que não estava presente. Então, se temos 5% da categoria associada ao sindicato, um pouco mais ou um pouco menos, que defendem o interesse de toda a nossa gente, quem será que quer então ser fiscalizado por autorreguladoras, no lugar da Susep? Eu acredito que esse número é bem menor que o citado acima.
A Susep é um órgão do governo que une todas as necessidades da população brasileira e trabalha para promover o consumidor. Eu, particularmente, não falo por ninguém além de mim mesmo, não consigo ver essa troca como benéfica e ainda tendo que pagar a mensalidade, anuidade e sei lá o quê, aliás não acredito em gratuidade de um ano ou dois; e nem se fosse grátis para sempre, porque o poder eu não consigo retirar. Eu acredito que neste instante não cabe a necessidade de nenhuma autorreguladora profissional, com todas as vênias necessárias aos que acham que precisamos. Aliás, por que não vêm a público defender a necessidade de termos autorreguladoras? Esse é um momento importante, ou não é?
Armando L. Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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