Quem tem olhos para ver a corretagem de seguros?
Muitos bancários trabalharam a vida inteira em grandes instituições e saíram para exercer a corretagem de seguros. A verdade é que a intermediação nessa área sempre foi um campo fértil e lucrativo para homens e mulheres que já estavam no mercado financeiro, como um só exemplo.
De origem, boa parte dos grandes casos de sucesso na indústria da corretagem provêm de gente que amealhou trabalhar em bancos e grandes corretoras. Ora, pelo excelente grau de profissionalismo e aprendizagem ora pelos contatos que adquiriu nessas instituições, não era de se duvidar que esse pessoal conseguisse reduzir a distância em relação ao sucesso e grandes lucros.
Mas a maior parte dos profissionais da corretagem não teve tanta sorte assim. Muitos simplesmente entraram na profissão do zero absoluto. Nisto, o caminho que eles traçaram foi o de estudar manuais por conta própria, para passar em Exames da corretagem ou entrar numa escola que pudesse fornecer a educação necessária à compreensão e desenvolvimento desta atividade.
Por causa disto, a maior parte de todos os corretores de seguros está no varejo. A indústria da corretagem é de origem e disposição familiar. Então, estão sujeitos aos maiores infortúnios desta comparação e dependência absoluta de outros personagens.
Em contrapartida, uma pequena parcela de corretores detém os nichos mais específicos em volumes de produção. Enquanto isso, a grande parcela dos corretores disputa um oceano vermelho de itens, que migram de mãos continuamente, sem massificar as vendas.
Essas duas situações sobrevivem no cotidiano, mas as mudanças evidentes estão presentes agora. Em primeiro lugar os maiores corretores estão conseguindo se adaptar às mudanças com maior agilidade e ações pertinentes. Porém, os demais estão vendo o barco passar de longe e são completamente lentos - no mínimo - e dependentes..
A sorte é que na ponta ainda está sobrevivendo o contato humano, a única porta que dá uma razão para que se comece a conversar mais sobre os caminhos da corretagem rumo ao futuro. De verdade, nenhuma das soluções apresentadas até agora é plausível com o que foi escrito neste texto.
Aliás, a entrada das grandes Big Techs no seguro e corretagem é assunto para outra ocasião.
E quem pensa que só perde a corretagem está muito enganado. O mercado de seguros é técnico e dependente do fator comercial. A produtividade é o exigível necessário, mas a condição Volume de Prêmios deve ser colocada um pouco de lado em prol do Volume de Objetos, sem colocar o primeiro ponto para baixo e nem coibir seu crescimento.
Eu tenho estudado esse mercado por várias décadas e nunca errei em uma previsão sequer. O que acontece aqui é sui generis, pois o que se sucede aqui não é semelhante a nenhum outro mercado, e, infelizmente, a parte negativa é que é um mercado com recursos financeiros e humanos que parecem inesgotáveis, que cega a visão da proatividade e previsibilidade humana; somos lentos a darmos respostas às crises. Como exemplo, basta olhar o tempo e a resposta que foi dada a questão do Seguro Pirata. E esse nosso grande concorrente nem legal não é!
Findo assim: apenas grandes personagens - que são totalmente humildes - conseguem direcionar diferentes medidas nas crises. Oxalá que todos possam ver.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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