Diferenças de preços dos seguros entre congêneres são significativas
Todos sabem que os seguros aumentaram muito de 2020 para cá. Também não é novidade que boa parte das seguradoras tiveram muito prejuízo em diversas carteiras. Conseguintemente, os acionistas tiveram que bancar a onda negativa em suas contas.
Tudo isso aconteceu em curto espaço de tempo, mas as diversas situações incentivaram o aumento geral de preços: aumento do número de sinistros e aumento dos custos de reparação de danos, aumento do risco de roubo ou furto de veículos, aumento dos custos dos prestadores em geral, aumento dos riscos relacionados a eventos climáticos extremos, mortes por Covid-19 e aumento dos custos dos cuidados médicos.
Tudo isso, coerentemente, deveria ser transferido para o consumidor, pois o seguro é a prática do mutualismo entre as pessoas em busca de proteção patrimonial ou de outras modalidades. E é justamente isso que ocorre, expondo de maneira simples, todos os clientes pagam a conta.
Em busca de competitividade, nada mais justo que as seguradoras controlarem os fluxos de saída de dinheiro, a fim de que o consumidor tenha uma taxação cada vez menor sobre o que deseja segurar.
A verdade é que as congêneres em si, usam métodos científicos de previsão, tentando acertar seus prognósticos, mas situações como as que aconteceram por ocasião da pandemia nunca foram incorporadas nesta previsibilidade.
E isso, somado a outros fatores, gerou o que hoje estamos vivenciando: aumento exagerado nos preços dos seguros, muita concorrência e competitividade, com preços dissonantes entre os seguradores.
Infelizmente, aqui começa o problema o problema citado no título deste texto. Como corretor há quase 30 anos, nesta questão de massificação e no varejo, não vi tamanha disparidade de preços concorrenciais. DE verdade, ou é oito ou 800. Brincadeiras a parte, no mesmo veículo e nas mesmas condições, praticamente, na maioria dos casos de novos seguros e renovações, especialmente no produto automóvel, em uma companhia está R$ 2.500,00 e em outras R$ 15.000,00.
Os corretores de seguros, na intermediação, pois ele não é ponta, mas meio de se vender seguros, tendem a ver seus clientes saírem de seus escritórios; no mínimo acirrou a concorrência entre pares. As seguradoras, idem!
Não posso dizer que o mercado segurador não está promissor para todos os players envolvidos. O ajuste até beneficiou em parte os próprios indivíduos deste mercado, mas não sem um estresse exagerado.
Enfim, grandes companhias seguradoras estão vendo seus clientes migrarem para a concorrência e isso dá um sinal de alerta.
Armando Luis Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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